Quarenta e nove

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Peter

-Boa garoto! Você levou fácil esse jogo! O Dalas está literalmente fora da temporada. - Murphy comemora me dando umas batidas nas minhas ombreiras, eu estava encharcado de suor depois de ter vencido mais um jogo.

-Eles trocaram todos os laterais. - Digo começando a tirar as joelheiras. - Ficou enfraquecido.

-Realmente, mas você também foi um monstro em campo, não deu abertura para eles.

-Agora vem a final da temporada, contra o Los Angeles Rams.

-Quanto mais jogos melhor. - Digo. - Assim só foco em uma coisa só.

-É isso aí garoto! Mantenha-se assim que você vai longe

Desde que eu voltei aos jogos, faço de tudo para me manter ficado apenas nisso, os treinos me mantém bastante ocupado nesses últimos dias. A minha rotina tinha se tornado um círculo desde que eu retornei, era só casa, treino e jogos. Quando tinha algum jogo em outro estado eu ficava no hotel e só saia para treinar e para o jogo.

-Hey cara tá afim de ir comemorar a vitoria do time? Os caras estão querendo ir para uma casa noturna, vai ter umas gatas para nos lá também. - Will um dos jogadores do time chega me convidando.

-Não vai dá cara, eu estou pensando em voltar para o hotel e descansar, amanhã viajamos para Los Angeles.

-Você está diferente, antes nunca recusava uma farra. Não gosta mais de se divertir?

-Não é isso, é que só estou cansado do jogo de hoje. - A verdade é que eu não tinha mais paciência para noitadas.

-Você que sabe, se mudar de ideia é só me dá um toque.

****

Voltei para o hotel que eu estava hospedado, pedi comida ao serviço de quarto, e liguei a TV para esperar a comida chegar. Eu não tinha mais vontade de sair feito antes, ultimamente diversão não estava fazendo muito meu estilo. Passei os canais impaciente e quando eu vi que não tinha nada que preste passando eu deixei em um canal que estava passando um filme qualquer.

O serviço de quarto chegou com o meu jantar, peguei a comida e depois retornei para ver o tal filme, era um daqueles de comédia romântica, eu não era fã de filmes de romance, mas achei engraçado as cenas de um cara tentando pedir conselhos ao amigo para conquistar uma mulher que ele estava gostando, o amigo dele parecia ser uma espécie de guru do amor. Eu estava concentrado na história que até parecia interessante, o cara estava esperando a tal mulher em um restaurante, eles estavam em uma espécie de encontro, até eu estava ansioso para ver quem era essa tal mulher que até agora não tinha aparecido. Foi aí que a câmera finalmente focou nela e por pouco, muito pouco eu não deixei o meu prato cair no chão, não era possível. Era Alice a atriz que estava indo encontrar o cara, ela estava diferente, usava um vestido vermelho que destacava bem suas belas curvas e tinha um decote que me fez babar lembrando de como seus seios eram, ela estava linda, diferente, mas era ela mesma.

Não conseguir tirar os olhos da tela da TV desde quando ela começou a interagir com o ator, não tinha como negar que ela atuava muito bem, sua personagem era sedutora e muito engraçada, e em várias cenas eu sempre acaba rindo de algo que fazia, ela era boa, na verdade era ótima.

Quando o filme acabou eu fiquei com uma vontade enorme de ligar para ela e elogiar seu trabalho, de dizer que eu tinha gostado do filme, mas eu não poderia fazer isso e aquilo me consumia por dentro. Faziam exatamente trinta e oito dias desde que nos vimos pela última vez. Sim eu estava contando, porque não tinha um dia que eu não pensasse nela, não tinha um dia que eu não passava horas segurando o celular tentando me controlar para não ligar para ela, mas sempre perdia perdoa a coragem antes mesmo de discar o número. Eu sei, era um fraco, um covarde, deveria tentar falar com ela.

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora