Um amor em Montana

Vinte

Alice

-Ai está você! - Wesley veio até mim depois de ter sido engolido por uma multidão depois que recebeu o cinturão. - Estava procurando por você.

-Parabéns pelo primeiro lugar, fiquei muito feliz por você. - Lhe dei um abraço, ele me apertou bem entre si, me sentir um pouco desconfortável e me afastei.

-Ter você lá me assistindo me deu um incentivo maior para vencer.

-Você venceu porque é bom.

-Gostou de ter assistido o rodeio?

-Bem...Eu fiquei um pouco incomorada. - Ele franze a testa.

-Com o que?

-Não sabia que vocês apertavam os órgãos do touro, aquilo deve doer muito.

-Eles já estão acostumados com aquilo, e também não prejudica o bicho. - Não acreditei muito naquilo, mas também não quis entrar muito nesse assunto. - Então? Vamos para a festa da vitoria? - Ele me estende seu braço.

-Vamos! Hoje você merece.

-Onde está a Rosalie?

-Ela precisou ir pra casa por causa da Bianca. - Explico.

-Que pena, então será só nos dois por hoje.

****

O pateo estava lotado, Wesley ia me contando como foi sua preparação para o rodeio, mas minha atenção foi desviada para uma pessoa que estava com uma loira grudada nele desde o rodeio, só que dessa vez o soberbo parecia não estar curtindo muito a presença da loira.

-Quer comer alguma coisa? - Wesley fala algo.

-O que? - Me viro para ele.

-Perguntei se gostaria de comer algo.

-Ah! Não, eu estou de boa.

-Então vem, vamos aproveitar a música.

Tinha uma banda Country tocando super animada, Wesley me levou para mais próximo a eles.

-Sabe os passos? - Ele me pergunta e eu faço que não com a cabeça. - Vou te mostrar como é e você me imita.

-Vamos lá!

Ele me mostra os passos e eu vou o imitando, até que ele dançava bem. Eu já tinha feito um filme de dança e precisei de muitas aulas para aprimorar, graças a essas aulas eu conseguia me soltar em qualquer dança. Peguei o jeito de Wesley rapidinho, e entramos na dança como as outras pessoas que também faziam os mesmos passos.

Não sei quanto tempo durou essa dança, mas eu não me divertia assim a muito tempo, a sensação de não ser reconhecida, de não ter paparazzis na minha cola o tempo todo que nem em Los Angeles, de curtir uma dança com um cara sem que nossa foto ficasse estampada no outro dia nas manchetes. Eu tinha que aproveitar o máximo essa sensação de liberdade, antes de voltar para a minha vida real.

Começou a tocar uma música lenta, Wesley colocou suas mãos no meu quadril, ele olhava para mim intensamente, quebro o nosso olhar quando descanso minha em seu peitoral enquanto seguíamos com o ritmo lento da dança. O coração dele batia acelerado, e suas mãos permaneciam no nas minhas costas.

-Estou feliz de estar aqui com você. - Ele diz baixinho perto do meu ouvido. Levanto um pouco a cabeça para encarar seus olhos azuis.

-Também estou. - Respondo sincera.

-Rose...Eu queria dizer uma coisa. - Ele parecia se complicar um pouco nas palavras. - Desde o dia que eu te vi pela primeira vez, eu fiquei encantado por você, como se estivesse colocado um feitiço sobre mim. Eu nunca falei isso antes porque você tinha me dito que estava com alguém, mas agora que você não tem ninguém eu queria saber se eu teria uma chance com você?

Ah Meu Deus! Ele acabou de se declarar para mim. Agora eu não sei o que responder, pensa Alice, pensa bem em uma resposta, porque você não pode magoar os sentimentos dele. Wesley era um cara atraente, educado e sabia como agir com uma mulher, mas tinham muitas coisas no caminho que mostravam que eu e ele nunca daríamos certo. Vamos para o número um, eu só estava de passagem pela cidade, logo, logo voltaria para minha antiga vida. Número dois, fazia pouco tempo que eu e Andrew tínhamos terminado, querendo ou não uma parte de mim não estava pronta para seguir em frente com outra pessoa. Número três, eu não me sentia atraída pelo Wesley, ele era lindo, mas meu coração não se agitava quando eu estava com ele.

-Wesley, eu não me sinto pronta para me envolver com outra pessoa no momento. - Vi o desânimo passando pela sua expressão. - Isso não quer dizer que eu não goste de você. Eu gosto muito, mas como amigo. Antes do final do outono eu pretendo voltar para minha cidade.

-Mas...Eu achei que você iria ficar aqui pela Vila.

-Eu estou vivendo uma experiência de vida aqui, mas infelizmente aqui não é o meu lar.

-Poderíamos tentar fazer isso dar certo.

-Eu sei que poderíamos, mas no momento não seria o correto. Você vai encontrar alguém melhor do que eu Wesley, um dia você vai. - Toquei no seu rosto. - Uma pessoa que te ame na mesma proporção.

-Você é maravilhosa Rose Milles, e mesmo que nos dois não possamos ficar juntos, seu sempre vou ter esperança que um dia isso aconteça.

****
Depois de curtir bastante a festa com o Wesley, ele se ofereceu para me dá uma carona até a fazenda, eu aceitei, já que estava sem carro para voltar. Quando chegamos ao estacionamento eu vi a picape de Landon estacionada, Peter ainda deveria estar curtindo a festa com aquela loira.

-Você não vem? - Wesley pergunta me vendo ir na direção da picape.

-Espera um pouco. - Aviso e continuo indo até a picape, foi ai que eu vi Peter dormindo na caçamba da picape, provavelmente tinha bebido tanto que mal aguentou dirigir. - Hey Peter! -O chamo, mas ele parecia dormir profundamente. - PETER! -Ele dá um pulo com meu grito e olha para os lados desorientado. - Bebeu demais?

-Que horas são? - Ele ignora a minha pergunta e coça a cabeça confuso.

-Você bebeu? - Repetir a pergunta.

-Não, eu não coloquei uma gota de álcool na boca hoje. - Ele dá um bocejo.

-Então o que está fazendo aqui ainda?

-Estava esperando você terminar de se divertir com seu caipira. Para te levar para casa, já que Vovó praticamente me obrigou a te esperar.

-Não precisava ter me esperando, eu arrumava carona. - Olho na direção de Wesley que ainda me esperava. -Vai ligando o carro que eu já venho, e ver se limpa essa baba seca ai.

Fui até Wesley e avisei que Peter tinha me esperado para me dar uma carona, percebi que ele não tinha ficado muito satisfeito com isso, mas mesmo assim não fez muitas objeções. Voltei para a picape, Peter já me esperava do lado do motorista.

-Minhas costas estão doendo por ter dormido todo torto por culpa sua. - Ele reclama.

-Eu não pedi que me esperasse.

-Não tenho costume de abandonar uma dama sozinha.

-Agora eu sou uma dama? - Brinco.

-Uma dama maluquinha. - Ele também brinca e depois liga o rádio enquanto dirige de volta para a fazenda.