Um amor em Montana

Épilogo

Peter

Há alguns meses atrás eu não fazia ideia que minha vida mudaria tanto, como dizia minha avó ela mudou da água para o vinho. Eu nunca iria imaginar que finalmente pudesse encontrar o amor, mas aqui estou eu com 27 anos perdidamente apaixonado por Alice, ou minha maluquinha como eu gosto de chama-la só pra irritar.

Eu e Alice nos conhecemos há muitos anos atrás, quando ainda éramos crianças, vivemos um dia de aventuras como eu gosto assim de chamar. Depois de muitos anos sem nem imaginar que iríamos nos reencontrar novamente fomos parar no mesmo lugar, na fazenda dos meus avós, eu não fazia noção que ela era aquela garotinha que tinha me fascinado tanto, e não entendia aquela atração que sentia por ela quando a vi parada no meu quarto. Não dá para entender a forma como as coisas acontecem na nossa vida. Eu só sei que Montana me trouxe o amor, e aquele lugar ficou marcado para sempre.

-O que você está fazendo aí parado lindo? -Sentir braços quentes e delicados me envolvendo e um perfume de morango invadindo meu olfato. Virei a cabeça apenas para olhar seus olhos, meu Deus como eu era sortudo, tinha a mulher mais maravilhosa do mundo.

-Só estou aqui pensando. - Digo sem tirar meus olhos dela.

Eu estava parado observando a vista da varanda do nosso quarto. E sim, nos estávamos morando juntos, Alice aceitou vir para Boston comigo, quando ela tinha algum trabalho ia para Los Angeles e como a temporada de jogos tinha acabado eu ia com ela. Nosso relacionamento tinha avançado bastante e eu estava amando compartilhar tudo com ela, acordar todas as manhãs com seu corpo enroscado no meu, tomar café da manhã juntos...Eram coisas que pareciam bobas, mas para mim faziam toda a diferença.

-No que estava pensando? - Ela perguntou enquanto descansava a cabeça no meu braço.

-Pensando em como nossas vidas mudou depois que ficamos juntos.

-E isso é ruim?

-Claro que não, isso é bom, muito bom. - Aliso o braço dela. - Eu não poderia ter escolhido vida mais perfeita.

- Nem eu. Ainda é difícil de acreditar que estamos mesmo juntos. - Eu me inclino um pouco para baixo até encontrar seus lábios e depósito um beijo neles.

-Isso é real o suficiente? - Ela concorda com um casto sorriso.

-Precisamos sair logo se não vamos perder nosso voo para Chicago e não podemos chegar atrasados no aniversário da sua mãe e da sua irmã.

- Vamos sair daqui a pouco, agora eu quero ficar aqui com você, quem sabe fazer algumas coisas também. - Abaixo minhas mãos até o seu traseiro e dou uma apertada.

-Deixa de ser safado. - Ela me dá um tapa de brincadeira. - Não temos tempo para isso.

-Sabe eu sempre tive curisidade em transar no banheiro do avião. - Começo fazendo ela gargalhar.

-Você ama demonstrações públicas em?

-Podemos ficar caladinhos. - Faço uma trilha de beijos pelo pescoço dela até chegar ao seu ouvido. - Quanto tempo temos até o nosso voo?

-Temos que está no aeroporto em menos de meia hora. -Droga, queria poder aproveitar.

- Certo, você poderia pegar um negócio ali gaveta da mesinha de cabeceira que eu esqueci de por na mala?

- Claro querido. - Ela me dá um selinho.

Observei ela ir até a mesinha de cabeceira. Alice abre a primeira gaveta onde eu tinha deixado a surpresa que estava guardando há um tempo. Ela se vira para mim com a caixinha em mãos e me olha desconfiada.