Prólogo

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16 anos atrás

Peter era um garoto de sorte, nasceu em uma família cheia de amor, com dinheiro e de sobra cinco irmãos para completar o pacote. Só que nem tudo eram flores, e mesmo em uma família cheia de amor aconteciam coisas que abalavam o que era considerado perfeito. Para um garoto de onze anos o trauma de perder a mãe era algo que iria ficar gravado na mente do garoto talvez por toda vida, quando ele fechava os olhos antes de dormir as lembranças dos gritos de dor que sua mãe dava na fase final do câncer ainda lhe atormentava em forma de pesadelos, e ele sempre acordava de madrugada procurando por ela e nunca a encontrava.

Um ano se passou desde que sua mãe se foi, mas as coisas na casa do garoto não tinham melhorado depois da partida dela, seu pai não era mais o mesmo, vivia trabalhando e mal ficava em casa para evitar as lembranças da esposa, Peter sentia falta do pai, principalmente porque ele sempre foi presente. A sorte do garoto era ter três irmãos, uma mais velha que vivia em pé de guerra com ele e se chamava Kate, tinha um irmão mais novo chamado Tony que tinha cinco anos e não sabia formar uma frase corretamente, e por último tinha Laila, sua irmãzinha mais nova que nasceu pouco tempo antes de sua mãe morrer.

Os quatro juntos eram chamados de o terror das babás, para chamar a atenção do seu pai, eles sempre transformavam a vida das babás um inferno. O que Peter queria era que sua família voltasse a ser como era antes, queria seu pai presente novamente.

Em uma tarde de sábado era início de primavera, Peter animado, pois sabia que aos sábados seu pai ficava em casa. Ele pegou sua bola de futebol e foi procurar seu pai pela casa, amava treinar novos lançamentos com a bola junto a seu pai, sem falar que ele estava bastante animado por ter entrado no time da escola, seu sonho era um dia se tornar um grande jogador e entrar para liga nacional dos grandes times.

O garoto procurou pelo pai a casa toda, perguntou a governanta da casa Christina se ela tinha o visto e ela disse que ele estava no escritório. O garoto correu até lá e nem bateu na porta apenas entrou animado por ter um tempo com seu pai, mas assim que ele viu o mesmo de terno e gravata em pleno sábado ele desanimou.

-Pai podemos jogar um pouco? - Ele tentou, mesmo sabendo qual seria a resposta.

-Ah, oi filho. - O pai estava ao telefone e não tinha percebido o garoto lá até ele falar. - Você falou algo?

-Queria saber se quer jogar um pouco comigo?

-Hoje não vai dá filhão. - Era sempre assim, pensou o garoto. - Apareceu um jantar beneficente para eu ir, não posso perde-lo.

-Mas é sábado.

-Eu sei, mas não posso cancelar. Por que não joga com seus irmãos?

-Kate é uma chata ela só vive no quarto lendo aqueles livros chatos de vampiro, Tony e Laila são muito bebê para jogar. Queria te mostrar meus lances novos, o treinador disse que melhorei bastante.

-Que bacana, mal posso esperar para vê-lo em jogo. -O pai se levanta de onde estava e arruma o terno antes de dizer. - Próximo sábado podemos treinar uns lances.

O garoto murcha na hora, seu sábado não poderia ser pior.

-Tudo bem.

Ele olha para baixo, não querendo mostrar a decepção de não conseguir um tempo com o pai. Harry olha para o eu filho e nota que o menino tinha ficado chateado, então sem pensar ele lança o convite.

-Já que não podemos jogar juntos, não está interessado em ir comigo para o jantar?

De repente o menino se alegra novamente e fica empolgado com a ideia, parece que nem tudo tinha sido estragado.

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora