Quarenta e quatro

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Alice

Era hoje! De hoje não passava! Eu iria contar toda a verdade para Peter, eu tinha consciência que não dava mais para adiar o inevitável, que esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde, e era mais fácil arrancar o curativo de uma vez só do que sair puxando aos poucos e a dor e o dano ser maior. Não queria que tivesse mentiras entre nós dois, nenhum relacionamento saudável sobrevivia com mentiras, disso eu tinha certeza.

Não consegui pregar o olho a noite toda praticamente a ansiedade me consumia cada vez que eu pensava que estava chegando a hora de falar a verdade. Peter tinha chegado de Boston de surpresa e flagrou aquela cena tensa minha com Wesley e eu nunca o vi tão transtornado como o vi quando batia em Wesley, parecia até outra pessoa, mas ainda bem que ele me escutou e o soltou antes que algo pior e trágico acontecesse, Landon assegurou que Wesley não iria dá parte de Peter na delegacia, depois que Landon o ameaçou falando que ele também iria se prejudicar com a justiça já que tentou me agarrar a força. Depois de todo esse transtorno eu e Peter conversamos e matamos a saudade da semana separados fazendo amor, e esquecendo tudo o que tinha acontecido no final da tarde.

Estava sentada encolhida na cadeira de balanço no terraço do chalé com uma manta cobrindo boa parte do meu corpo, estava frio e olhe que eu estava usando moletom e meias, mas sentia minha pele fria da cabeça aos pés, a passiagem das montanhas a minha frente me deixava ainda sem palavras, eu nunca iria esquecer do que esse lugar me proporcionou.

-Admirando a paisagem? - Peter diz com a voz ainda sonolenta.

-Eu nunca vou me cansar de achar esse lugar incrível. - Ele me entrega uma caneca de chá quentinha, eu gostava de café, mas como boa filha de britânicos eu preferia sempre o chá. -Obrigado lindo. -Estava com creme e açúcar, até a combinação que eu gostava no chá ele tinha aprendido, era muito meu amor mesmo.

-Fiz café para mim, não consigo gostar de chá. - Ele se senta na cadeira ao meu lado. -Sabe eu estava pensando. - Ele dá um gole no café e depois continua.- Como é a sua família? Você se parece mais com sua mãe ou com seu pai? Você quase nunca fala deles.

-Por que para mim doe falar deles estando tão distante, mas uma coisa é certa, a minha família é bem unida. Todo mundo diz que eu sou muito parecida fisicamente com meu pai, só tenho os cabelos parecidos com o da minha mãe, mas nos duas pensamos muito parecido em várias questões, meus pais sempre foram meus melhores amigos e eu os amo de uma forma que não dá para ser explicado em palavras, eu sinto muita falta de está com eles.

-Eu imagino, também amo muito meus pais. Meu pai sempre foi um herói para mim, quando minha mãe biológica morreu ele teve que segurar a barra sozinho cuidando de quatro filhos. Já minha mãe Júlia ela entrou nas nossas vidas no momento certo, mas o melhor de tudo foi o amor que ela sentiu adotando quatro crianças que não tinham sido geradas por ela, mas que ela as amava como se fossem seus.- A história de vida de Peter realmente era muito bonita.

-Você amaria conhecer minha família. - Completo. -Meus irmãos iriam amar conhecer os seus e também não posso me esquecer dos meus tios Kevin e Bruno que iriam te tratar como um filho.

-Em breve eu vou conhecê -los. - Peter diz empolgado. Imaginar Peter conhecendo minha família fez meu coração dá um salto no meu peito, eu queria que isso acontecesse o mais rápido possível. - E eu também quero que você conheça o resto da minha família, espero que não enlouqueça quando estiver todo mundo reunido, os Volman costumam ser bem barulhentos quando estão todos juntos.

- Eu vou amar me juntar a eles. - Ele me dá um dos seus belos sorrisos. Pensei que aquele seria o momento perfeito para contar a ele sobre a verdade.- Lindo eu preciso te contar uma coisa e...

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora