Um amor em Montana

Quarenta e Um

Peter

Levantei antes de Rose para poder preparar um café da manhã para ela, depois da nossa noite eu tenho certeza que ela irá acordar faminta. Deixei ela na cama, minha maluquinha tinha um sono bastante pesado. Estava caçando minha cueca pelo quarto, eu tinha a jogado em algum lugar, procurei ela pelos arredores, mas só fui achar por baixo da cama, quando fui puxa-la acabei puxando junto algum objeto empoeirado. Era um daqueles colares de miçangas, limpei a poeira dele com a mão e observei o objeto melhor pela fresta de claridade que vinha da persiana meio aberta. Era apenas um colar de miçangas coloridas feito artesanalmente, mas não sei por que sentir algo estranho vendo aquele colar, como se eu estivesse querendo me lembrar de alguma coisa, mas não fazia ideia do que era.

Coloco o colar sobre a comoda onde Rose guardava outras coisas dela e depois visto minha cueca e vou até a pequena cozinha dela compartilhada com a sala para preparar o café da manhã.

Encontro algumas coisas na geladeira, mas não tinha muita coisa, já que Rose costumava fazer as refeições lá na casa grande. Comecei a preparar um omelete com os ovos e as verduras para nos dois, eu sabia me virar bem na cozinha, os anos morando sozinho ajudaram, muitas vezes eu chegava dos treinos e tinha que preparar alguma coisa rápida para comer e ir dormir já que no outro dia tinha mais treino. Imaginei tendo a minha antiga rotina de volta, porém agora eu não a imaginava da mesma forma de antes, tudo agora tinha Rose, eu não imaginava voltar para Boston e ficar longe dela.

Teríamos que conversar em algum momento para resolvermos como ficaríamos depois que eu voltasse para os jogos, eu quero que ela vá comigo para Boston, poderíamos construir algo juntos lá, mas antes de planejar qualquer coisa eu tenho que conversar com ela, porque diferente da calmaria que era aqui na Vila, Boston era uma cidade grande, seria uma mudança bem radical de vida para ela que era acostumada a viver em cidades pequenas, mas eu tenho certeza que daríamos um jeito. Eu sinto que nosso relacionamento deu um grande passo ontem, eu a amava e o sentimento era recíproco para a minha felicidade.

Estava tão concentrado em meus pensamentos e no omelete que eu preparava que nem tinha notado que Rose estava parada sobre o balcão que dividia a cozinha da sala me olhando, já comentei que ela ficava ainda mais linda pela manhã? Porque vê-la assim era uma da mais lindas visões que eue poderia ter, com os cabelos meio bagunçados a carinha de sono e para completar ela vestia a minha camiseta branca que dava para ver um pouco do bico dos seus seios por causa da transparência da camisa.

-Eu pretendia levar o café da manhã na cama, mas você foi mais apressada. - Aperto seu nariz levemente a fazendo sorrir.

-A cama ficou fria quando você saiu de lá. - Ela tenta espiar o que eu estava fazendo. - O que está preparando?

-Um delicioso omelete com alguns vegetais que eu encontrei na sua geladeira. - Coloco um prato com o omelete quentinho em sua frente.

-Me lembra que eu preciso ir ao mercado comprar algumas coisas para cá. - Ela pega o garfo e prova um pedaço do omelete. - Humm...Isso está maravilhoso!

-Receita secreta do chefe. -Dou uma piscadinha em sua direção. -Encontrei um colar de miçangas em baixo da sua cama, ele é seu?

-Ah é sim. - Ela estava bem concentrada em comer o omelete. - Gosto de fazer essas coisas como uma forma de passatempo, eu nunca gostei muito de ficar vidrada em redes sociais. 

-Entendi. -Provei um pouco do meu omelete também, e não era por nada não, mas estava realmente muito bom. -Sabe, eu conheci uma garota uma vez que fazia essas coisas, você me lembra muito ela. - Assim que eu termino de falar Rose se engasga com a comida, vou até ela e começo a fazer a manobra de heimlich para ela desintalar, consigo faze-la cuspir a comida entalada. - Você me deu um susto. - Virei ela de frente para mim seu rosto estava vermelho. - Está melhor? - Ela faz que sim com a cabeça. - Vou pegar água para você.