Alice
- Obrigada mesmo Rose por me ajudar! Nem sei como te agradecer por segurar essa barra por mim. - Rosalie me agradece, Bianca estava ao lado dela segurando uma boneca afro feita de pano com sua mochila nas costas.
-Sem problema amiga, eu vou adorar passar esse tempo com a Bi. - Sorrio para a garotinha que sorri de volta para mim.
-Filha. - Rosalie se vira para a menina. - A mamãe vai ter que ir para Oregon resolver umas coisas da nossa antiga casa, mas eu volto amanhã para te buscar está bem?
-Vamos voltar a morar na nossa antiga casa? - A garotinha pergunta a mãe. - Vou voltar pra minha antiga escola? Com meus amigos?
- Não meu amor, nos não vamos voltar pra lá. Nossa antiga casa foi vendida e a mamãe precisa pegar uns documentos importantes.
-Eu queria voltar pra lá, estou com saudade do papai, saudade do meu antigo quarto. - Rosalie lança um olhar para mim, eu entendia que pra ela era difícil falar do seu antigo relacionamento.
-Ele também deve está sentindo sua falta. Agora me diz o que você quer que a mamãe traga para você?
-Pode ser aquelas balinhas azedinhas da loja Coreana?
-Vou trazer sem falta. - Ela abraça a filha e continua. - Obedeça a tia Rose, e nada de travessuras ouviu bem? Nada de ficar vendo TV o dia todo, você é criança precisa brincar e gastar energia.
-Está bem mamãe.
-Vamos nos divertir muito não é mesmo Bi?! - Bianca balança a cabeça animada sinalizando que sim.
Depois de Rosalie dar tchau para filha, eu a acompanho até o seu carro enquanto Bianca foi brincar com as galinhas que estavam fora do galinheiro.
-Qualquer coisa é só me ligar Rose, eu prometo que vou resolver tudo lá rapidinho e amanhã sem falta estou de volta.
-Amiga pode ir tranquila eu e a Bi vamos nos dá muito bem aqui na fazenda. - Dou um aperto de leve nos ombros dela tentando lhe dá conforto. - Vai dá tudo certo lá, você finalmente vai conseguir se livrar da sua vida antiga.
-Você não tem ideia do quanto eu me sinto aliviada de finalmente está construindo uma vida melhor para mim e para a Bianca. -Uma lágrima de felicidade escorre do seu rosto.
-Agora vai, se não você vai perder seu voo.
Assim que Rosalie se foi eu fiquei ajudando Bianca a dá milho para as galinhas, aquela garotinha merecia mesmo uma vida melhor, principalmente depois de tudo que ela e a mãe passaram, com o relacionamento abusivo por parte do pai dela e o quanto Rosalie aguentou tanta humilhação e violência só para proteger a filha.
-Então Bi, temos o dia todo só para nos duas, o que você gostaria de fazer?
-Eu fiz uma lista do que fazer. -Ela tira um papel do bolso da calça.
-Uma lista? Bem organizada, gostei! Então qual é a primeira coisa da sua lista?
-Trança afro, você sabe fazer?
-Tranças iguais a essas suas? - Pergunto tocando nas suas trancinhas lindas.
-Essas mesmos. Minha mãe me ensinou a fazer.
-Eu nunca fiz, mas eu gostaria muito de aprender com você.
Ela se animou muito com o primeiro item da lista, fomos para o terraço da casa principal e eu sentei na escada para ficar em uma altura boa para ela mexer no meu cabelo. Seu dedinhos começaram a trabalhar nos meus fios e com a ajuda de um espelho eu ia observando ela fazer a trança.
-Seu cabelo é tão macio e bonito. Queria que o meu fosse assim, ai as meninas da escola não me chamariam de cabelo de esponja. - Algumas crianças costumam ser muito perversas, mas preconceito vinha de dentro de casa, se elas falaram isso era por que tinham ouvido de alguém.
- Essas meninas não sabem o que diz. Meu cabelo é liso e sem graça, o seu é muito mais bonito e tem um volume incrível, e sabe por que o seu cabelo é tão especial?
-Por que?
-Porque o seu cabelo é a marca das mulheres fortes e poderosas, igual as rainhas Africanas. Por isso se um dia essas meninas falarem do seu cabelo, você diz para elas que, cabelo e cor da pele não definem caráter, e que caráter vem do coração.
-Mas e se ninguém gostar de mim? Na escola eu não tenho amigos.
-Ai não são seus amigos de verdade. Você é uma garotinha muito especial Bi, nunca deixe de acreditar nisso.
-Mamãe também fala isso.
-E ela está certa. Eu só tive um amigo quando tinha a sua idade, por que as outras meninas me achavam estranha e diferente delas só porquê eu nunca gostei de brincar de bonecas, nem de usar vestido de princesas.
-Você é linda, não precisa disso não para ser menina.
-E você também é muito linda Bi da cabeça aos pés.
Ela continua a trançar meus cabelos, Gina aparece algum tempo depois com suco e sanduíche de geleia, tiramos uma pausa para o lanche e depois ela continuou a trançar a terminar de trancar o meu cabelo.
-Olha só que cavalo bonito tia Rose. - Ela aponta para Peter que estava treinando Ruffs. -Podemos chegar mais perto?
-Claro que sim, vamos lá.
Antes de ir chequei o meu cabelo no espelho e não acreditei que uma menina de dez anos soubesse fazer uma trança tão bem feita. Nos aproximamos da cerca onde Peter estava com Ruffs.
-Ele parece um príncipe. - Bianca parecia encantada olhando para Peter, bem que eu queria dizer que ele era feio, mas não dava para mentir para a criança.
-Quem? O cavalo? - Brinco.
-Não tia, o rapaz que está no cavalo.
-Não fale isso para ele ok? Porquê se não ele vai ficar se achando. - Cochicho no ouvido dela.
-Ora, ora, hoje temos plateia. - Peter se aproxima com Ruffs. -Quem é essa princesa? Posso saber seu nome? -Perguntou para Bianca.
-Sou Bianca, filha da Rosalie.
-Olá Bianca, eu sou Peter. - Ele diz simpático.
-Você é um príncipe? - Ele ia ficar se achando.
-Muitas pessoas acreditam que sim, você acredita que eu possa ser um?
-Minha mãe diz que príncipes só servem para ludibriar uma mulher é que não devemos nos levar por um rostinho bonito. - Não conseguir segurar o riso e cair na gargalhada principalmente depois da cara de pastel que Peter fez.
-Nem todo príncipe é assim. Posso te mostrar o contrário, gostaria de andar de cavalo bela dama? - Ele oferece a Bianca que se anima com a ideia, já eu fico em pânico com a possibilidade dela montar sozinha em um cavalo.
-Melhor não, ela pode cair e se machucar. - Digo. Bianca murcha o olhar e diz.
-Por favor tia Rose, eu nunca andei a cavalo antes. - Sua carinha era realmente muito instigante, mas eu sabia bem que cavalos são perigosos ainda mais para uma criança que nunca os montou antes.
-Eu fico junto dela. - Peter diz olhando para mim. - Prometo que não a deixo cair.
-Promete segurar ela firme e não solta-la por nada?- Pergunto ainda em dúvida.
-Você tem a minha palavra.
-Tudo bem Bi pode ir, mas se segure bem firme.
A menina pula animada, mas mesmo assim eu ainda estava com um pé atrás sobre isso. Ajudei Peter a puxa-la para sua frente na cela, Ruffs era um cavalo bonzinho, mas eu sabia que qualquer distração poderia agita-lo como qualquer outro cavalo. Peter ensinou Bianca como segurar nas rédeas, ele estava sendo bem protetor com ela, quando começaram a trotar, ele a segurou junto ao seu corpo com todo cuidado para ela não cair. Fiquei na cerca os observando dá círculos, Bianca estava amando a experiência e me pediu até para tirar algumas fotos dela no cavalo para que eu enviasse a Rosalie.
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Um amor em Montana
RomanceLivro dois (Série família Volman) Peter Volman tem tudo que uma pessoa gostaria de ter. Dinheiro, Sucesso, mulheres...é um jogador de futebol Americano da liga nacional, além de ter uma família grande que lhe cobre de amor. A única coisa que lhe fa...