ORFANATO SANTA LÚCIA, 2004
O garoto chorava trêmulo no jardim, quando a garotinha correu para o seu lado, e secou suas lágrimas o abraçando.
— não chora Didi, estou aqui... — a ruiva aperta o garoto contra ela. — vou proteje-lo. — garante inocente.
— não gosto quando ele vem aqui moranguinho, não quero vê-lo. — refere-se ao amigo dos seus pais, que sempre vinha até a instituição. — ele é mal, fique aqui comigo, não quero que toque em você. — acaricia o rosto da garota, que chorava próximo a ele.
— tudo bem Didi, vou ficar aqui com você. — ela garante, sentando entre as pernas do menino e os dois se aninham juntos.
— obrigado por cuidar de mim, minha moranguinho. — o menino agradece carinhoso, enfiando o rosto entre os cachos vermelhos que o fascinam, e inala o cheiro que acalma. — amo você.
— também amo você Didi.
Os dois ficam ali o dia todo até o horário que se sentem seguros para voltar para casa, eles tinham um ao outro. Apenas isso os faziam felizes.
...
RAFAEL SAVÓIA, DIAS ATUAIS...
Sinto vergonha por esta nessa situação, mas incrivelmente impressionado por esta conseguindo abraça-la. Inspiro profundamente o cheiro dos seus cabelos, e meu corpo parece relaxar.
— vai ficar tudo bem, quer me falar o que causou seu ataque de pânico? — pergunta carinhosa, soltando-se de mim.
— não sei ao certo, simplesmente não sei... — murmuro incerto.
A forma que a mulher me cumprimentou se insinuando para mim, e continuou mesmo após ter ido se sentar na sua cadeira, me deixou com o costumeiro tremor que me atinge. Não sei o que se passa em mim, mas é algo como medo, desespero, me dá embrulho no estômago.
— tudo bem, você esta melhor? — dar pequenos afagos na minha mão.
— sim, obrigado. — baixo meu rosto constrangido. — não quero decepciona o Gus, mas não sei se consigo ficar na reunião. — assumo incerto.
— não decepcionara. — garante apertando minha mão. — vou dar um jeito para ficar próximo a mim, nada irá acontecer.
— posso abraça-la mais uma vez? — pergunto ardendo de vergonha.
— claro que pode. — abracei seu corpo pequeno e inspirei o seu cheiro de morangos, que me embriaga e me acalma. — tudo vai ficar bem D... Rafael. — meu coração se aperta, por ela quase errar meu nome.
— acho que já estou melhor. — murmuro me recompondo. — me desculpe por isso. — peço envergonhado.
— não a de que pedir desculpas. — ela me olha de um jeito estranho, sofrido.
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DOCE MEL |+18|
RomanceMelissa é doce! Doce como mel com morango. Lúcio ama aquela pequena garotinha manhosa, que é sua única alegria após sua vida ter sido tão abalada, e agora ter que viver em um orfanato. Quando foi adotado, prometeu voltar, e Melissa esperou, e esp...