EPÍLOGO 2|Não é enganação 😅|

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MELISSA MARQUES

— Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez. — Olho as cabecinhas a minha frente, e duas cabeleiras castanhas avermelhada, e uma preta quase escondida atrás da Margarida, se destaca. — AMOR!? — chamo meu Rafa, que logo aparece para me ajudar.

— Aconteceu alguma coisa? — Se apressa, olhando para as crianças rapidamente, depois para mim.

— Quantos filhos temos? — questiono sem parar de observar as pestinhas.

— Sete, até que eu me lembre. — Concluiu olhando para a turma. — Está faltando algum? — Se preocupa com rapidez.

— Não bebê, estão sobrando. — Meu marido passa a visão pela turminha novamente, logo ver as três criaturinhas sobrando, lá atrás.

Humm! — Rafa bateu no queixo, dando a volta no perímetro, e nossos três mais velhos, fazem segurança ao redor dos três farelos de gente. — Achei! — Os três gritam e saem correndo como desesperados, se escondendo atrás de qualquer coisa que encontrem.

— Não acredito que eles fizeram isso. — Balanço a cabeça incrédula, com a capacidade daqueles folgados, e paro um pouco mais, vendo que uma das minhas crianças está virando uma centopeia, e agora tem quatro pernas. — No, no, no, no... — olho as perninhas pretinhas, e o sorriso do meu filho mais velho, mais sem vergonha que já vi.

— Não tem nada aqui. — Piscou divertido, e volto a olhar os dedinhos se mexendo na sandália.

— É mesmo?! — indico suspirando, e olho para a cortina da sala, e vejo que minhas janelas também têm pezinhos. — Subiu para doze, o número de encontrados. — Indico ao meu marido, que coça a cabeça incerto.

Meus gêmeos — Jorge e João — tem doze anos, um ano mais novo que a filha mais velha da Cléo — Carolina —, que por sinal está escondida atrás da cortina, em seguida tem mais um meu, de onze anos — Lorenzo —, em seguida vem as meninas, Naiane de nove anos, Margarida de oito, Natali de sete anos e a mais nova de quatro anos, Valentina. O restante das crianças, são o casal de ruivos do Gustavo — —, depois vem a mais nova na Cléo, que está escondida na blusa do meu mais velho, também tem a Beatriz, filha da Sabrina. Enfim, aqueles salafrários abandonaram os filhos na minha casa, e fugiram.

— Quero todos os espertinhos aqui e agora! — Aviso subindo na mesinha de centro, para ter altura suficiente. — Carolina! — Chamo a espertinha, que sai de trás da cortina com um sorriso tímido. — Gabriela e Gabriel! — Dois ruivinhos aparecem saindo desconfiados de trás do sofá, e sorriem balançando os pesinhos. — E Ana Beatriz. — A menina de cabelos pretos e olhos pretos azulados sorri malandra, se escondendo atrás do meu filho. — Como foi que vocês vieram parar na nossa casa, sem que eu soubesse?

— O tio Gu disse que cuidalia de mim, pro papai e a mamãe blicalem. — A Beatriz pisca os olhinhos escuros charmosos, e já me tem toda derretida e querendo matar o Gustavo. — Depois ele pegou eu e os bebês. — Segurou as mãos nos sobrinhos, que sorriram escondendo o rostinho atrás dela. — E abandonou nós ali na porta, e disse: se enturma, se enturma. — E balançou a mão, imitando aquele peste, ainda mais quando um cachorro enorme e peludo resolveu aparecer saindo detrás do sofá, e se deitando junto aos três. — Ele me deixou com nossa baba. — Indicou o cachorro, que soltou um choramingo, cobrindo os olhos com as patas dianteiras.

— Entendo você, Lex. — simpatizo com o grandalhão traquina. — E vocês? — indico a Carolina e a irmã.

— Só viemos brincar com os meninos mesmo. — Deram de ombros em sincronia, e percebo claramente que não negam a mãe que tem. — Sua comida é a melhor, tia. — Me adulam, sabendo que não resisto a essas pretinhas do meu coração.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora