CAPÍTULO 19

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MELISSA MARQUES, dias atuais.

Acordo aconchegada ao corpo do Didi, e inspiro seu cheiro bom, querendo sentir o conforto dos seus braços. Ontem após conversávamos bastante, ele arrumou o sofá cama para que dormirmos, apesar de demoramos um pouco, conseguimos descansar um pouco.

— bom dia amor. — sua voz rouca, me fez aproximasse ainda mais do seu corpo.

— bom dia nenê. — devolvo com satisfação.

Pensei que após contar sobre o que havia feito, ele não iria mais me querer, porém além de não ter ficado bravo por ter omitido a história desde o início, não me julgou por ter matado aquele monstro.

— temos que ir. — ele avisou baixo, acariciando meus cabelos.

— porque não podemos ficar aqui? — resmungo em negação.

A minha "sogra" ficará furiosa comigo, mas não tenho medo dela. Apesar do impacto de tudo que contei a ele, fico feliz que meu nenê não lembre-se do que aconteceu. Quando éramos crianças, lembro que as vezes ele ficava distante, e sem falar quase nada, mas nunca me deixava sozinha, e nesses dias, mesmo quando ele estava ranzinza, me enfiava escondida na sua cama, para consola-lo, mesmo que não soubesse de fato o que havia acontecido a ele.

— tenho a fazenda pra cuidar. O Gustavo também deve está ansioso pra saber o que está acontecendo. — suspirou profundamente, e me apertou em seus braços. — me sinto tão aliviado por você existir.

Apenas sorri, e juntei nossos lábios em um selinho demorado. Imagino que deveria ser angustiante para ele, ficar sonhando com uma garotinha, de uma forma tão próxima.

— sonhei tantas vezes em ficar assim com você. — assumo encarando seus olhos verdes. — amo você meu nenê. — dou selinhos em seu rosto, querendo que sinta-se amado.

...

— o que aconteceu irmão? — Gustavo nos encontrar na entrada casa. — porque vocês sumiram, e nossa mãe viajou novamente?

O corpo do Didi tenciona, e ele fecha os olhos de modo nervoso. Não acredito que ela preferiu fugir, ao contar a verdade ao filho, ou enfrenta as consequências da sua omissão.

— ela foi embora? — questionou incrédulo.

— o sol nem havia nascido, quando acordei com o barulho do helicóptero. — contou desanimado. — ela nem se despediu Rafa. Não entendo o porquê da mamãe ser assim.

— não fica assim amorzinho. — abraço meu menino, e beijo seu rosto. — ela retornará em breve.

— não voltará Mel. Ela sempre faz isso. — disse com pesar.

Damos um abraço de três, em seguida entramos. Didi está tão pensativo, porém após ontem sei que ele precisa pensar sobre tudo que aconteceu, e sua mãe ainda fez o favor de fugir dessa forma, sem da a mínima explicação.

— vou resolver umas coisas no escritório. Nos vemos no almoço. — prometeu, me dando um selinho.

— hoje é domingo irmão, você nunca trabalha nos finais de semana. — Gus reclama, e o irmão da um suspiro cansado, antes de caminhar em direção ao seu escritório. — que bicho mordeu ele?

— seu irmão está precisando de um tempo para organizar os pensamentos. Que tal preparamos a comida preferida dele? — convido o Gus, querendo ficar próxima a ele.

Sua mãe agi como se os filhos não fossem importante, que sua presença não fizesse diferença aos mesmo, e imagino o quanto isso deve magoa-los. Vou cuidar deles, se quiserem até carinho materno darei, porque a felicidade deles é o que mais importa no momento.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora