CAPÍTULO 14

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Mansão de Antônio;

A jovem ruiva dá um suspiro profundo, antes de tocar a campainha. O estômago parecia que sairia pela boca, porém teria que pagar seu acordo, o importante é que Cléo estava salva e bem.

— ele está no quarto da senhorita Cléo, a senhora já sabe onde é. — uma moça que trabalha na segurança, avisa a jovem de sorriso nervoso.

A ruiva sobe as escadas, e caminha pelo extenso corredor até chegar ao quarto, e se deparar com a amiga dormindo, enquanto o homem ao lado segurava a mão da mesma com carinho.

— Antônio?! — o homem solta a mão da Cléo assustado, e encara a ruiva. — podemos conversar?

O homem assentiu e levantou. Caminhou um pouco a frente até entrar em um amplo escritório e senta-se.

— ela está dormindo, o médico fez o exame hoje, e mostrou que o veneno já perdeu o efeito no organismo dela. — a jovem sente os olhos úmidos. — também já resolvi tudo em relação a casa e ao cadáver. Foi tudo um acidente, que acabou cozinhando aquele homem vivo, no seu porão.

— vim pagar nosso combinado. — o homem deu um suspiro profundo, sem encarar a moça.

— eu estou apaixonado pela Cléo. — Mel arregalou os olhos, e encarou o homem em espanto. — não quero mais receber por esse acordo.

Mel quase deu pulinhos em agradecimento. Quando o homem havia ligado mais cedo, e disse que queria vê-la, sentiu o medo invadi-la, por pensar que teria que dormir com ele, para pagar pelo que fez.

— obrigado. — agradeceu com lágrimas nos olhos.

— me perdoa por ter exigido isso de você, me aproveitando do seu desespero. Eu achava que era apaixonado por você, mas nada se compara ao que sinto quando estou com a Cléo. — Melissa sorriu de forma espontânea.

— eu te perdoo, porém quero que entenda uma coisa. Nada garante que a Cléo devolva os mesmo sentimentos, então eu te imploro, que não erre com ela, não exija algo que ela não queira dar, porque destruiria qualquer sentimento que ela tenha por você. — pediu, fazendo o homem assentir.

— não conte a ela o que eu havia exigido de você. — implorou olhando para a ruiva. — Cléo ama você mais que a ela, e se souber que fiz isso, jamais me perdoará.

— não temos segredos uma com a outra, e se ela me perguntar, eu sinto muito Antônio, mas falarei a verdade. Você ter se arrependido, já conta bastante. — a jovem avisou pondo a mão sobre a do homem.

— ela disse que gosta de mim. — Antônio sorriu de modo nervoso. — não quero magoa-la, porém tenho muito medo.

A jovem sorriu compreensiva, e conversaram de forma amistosa. Ele não demonstrava ser alguém mal, e seu arrependimento era verdadeiro.

...

MELISSA, DIAS ATUAIS...

Entro no meu quarto sem conter as lágrimas. Fui tão inconsequente, como pude agir de forma tão leviana com ele?

— o que aconteceu Mel? — Gus entra apressado.

— magoei seu irmão. Não sei como, me desculpa. — me sentei no chão ao pé da cama, e chorei forte.

Nunca imaginei em agir assim com alguém, mas naquele momento, senti-lo daquela forma, acabei agindo sem pensa.

— não fica assim Mel, ele vai entender, seja lá o que você fez, está arrependida. — Gus me abraçou com carinho. — vou falar com ele.

— vou arrumar minhas coisas. — aviso secando meu rosto. — fala para ele que estou muito arrependida? — Gus assente me estendendo a mão, para me auxiliar a levantar.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora