CAPÍTULO 17

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2° DIA DE ACAMPAMENTO;

O homem sorriu ao ver o filho dormindo, e caminhou para fora da barraca a passos macios, para não acorda-lo. Após verificar as redondezas, e se certifica que barraca estava bem fechada, caminhou pela trilha, em direção a fazenda, apressado para retornar antes que o filho acordasse.

Ao entrar na casa, sorriu ao ver a esposa distraída olhando por uma janela lateral, e abraçou a mesma por trás a assustando.

— Mateus! — a mulher desferiu um tapa no braço do marido, levando a mão ao peito em seguida, assustada. — quer ficar viúvo?!.

— não mesmo. — beijou os lábios da mulher, que sorriu se rendendo. — queria poder aproveitar essa casa sozinho aqui com você, porém temos que ir, o Lúcio (Rafael) ficou dormindo.

— vamos, quero acorda meu príncipe. — os olhos da jovem mãe brilharam, empolgada para a surpresa do filho. — você leva o bolo, porque tive muito trabalho para fazer, para levá-lo ao chão. — o homem sorri afirmando.

...

O homem observava o acampamento a distância, e viu quando Mateus havia caminhado em direção a fazenda. Sorriu de forma maligna, e caminhou até a única barraca.

vamos lá meu garotinho. — abriu o zíper da barraca, e encarou o garoto que estava em um sono profundo.

Entrou e se ajoelhou junto ao rosto do garoto, sorrindo achando o menino tão lindo, e tão perfeito para ele. Com um sorriso no rosto, tocou com delicadeza o rosto do menino, que acordou assustado.

— o que está fazendo aqui?! — o menino escorregou pelo pequeno espaço, afastando-se do intruso. — onde está meu pai? — questiona assustado. — PAIIIII...

— shiiii... — o homem sorriu, antes de jogar o corpo sobre o do menino, e apertar seu rosto contra um pano, enquanto o mesmo se debatia. — não precisa de escândalo, estou aqui. — encarou os olhos do menino se fecharem, e pegou o menino rapidamente em seus braços. — agora sim, tenho você só para mim.

...

MELISSA, DIAS ATUAIS...

Tento controlar o desespero e as lágrimas, enquanto caminho em direção a porta. Não posso contar sobre o seu passado, é assustador e doloroso demais para conseguir.

— o que está fazendo aqui? — a mulher me puxa pelo pulso, para dentro do seu quarto, e fecha a porta com rapidez. — responda?! Você não falou nada não é?!

— não falei, mas amanhã falaremos. — aviso de uma vez. — e será nós duas.

— não vou falar, e nem você. — avisou de modo duro.

— meu Didi irá me odiar, ele tem que saber e se a senhora não quiser, mesmo assim, eu irei. — aviso sem conter o medo e angústia.

— você é egoísta. — me apontou com raiva. — se você contar ele sofrerá mais. Eu prefiro que meu filho me odeie, a ter que lembrá-lo do que aquele monstro fez com ele.

Me encolhi sem saber o que fazer. Não sei que atitude tomar. Saiu do quarto daquela mulher me sentindo sufocada, e caminho até o último quarto do corredor.

— não sei o que fazer amorzinho. — murmuro contra sua porta. — não sei.

— quer alguma coisa? — a voz do Rafa soa atrás de mim, me assustando.

— na... Não. — me viro e encaro seus olhos vermelhos e inchados. — estou indo para meu quarto. — baixo meu rosto sem conseguir encara-lo.

— quer entrar? — nego dando um suspiro cansada. — venha comigo.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora