DOCE MEL |+18|

CAPÍTULO 11

Casa do André

As jovens entraram na casa de cheiro desagradável, e caminharam em direção a porta embaixo da escada.

— está com senha. — Cléo bufa olhando a fechadura digital.

— deixa eu tentar algo. — a ruiva encarou o detalhe, percebendo quase invisíveis marcas de uso. — tem apenas 6 marcações, mas... — digitou a primeira data que veio a sua mente, e a mesma foi negada.

— o que está fazendo? — a outra questiona preocupada, com medo de acionar algum alarme.

— só mais essa tentativa. — disse antes de digitar, o dia fatídico.

— abriu! — as duas disseram juntas.

Ao abrirem a porta, as duas desceram pela escada estreita, e tiveram um susto ao ver o conteúdo no lugar. Fotos e mais fotos de Lúcio (Rafael), até mesmo quando estavam no orfanato.

— puta que pariu! — Cléo diz olhando ao seu redor, e vendo a amiga estática. — o que faremos agora?

— vamos olhar melhor tudo isso. — disse quase em um sussurro. — ao que parece, o último contato com o Didi foi no orfanato, mas olha só esses dados... — Melissa mostra papéis sobre uma mesa, mostrando que ele ainda o procurava.

As jovens começam a olhar as informações a sua volta, achando tudo muito doentio.

— então, vocês descobriram meu segredinho, não é mesmo ratinhas?

...

MELISSA MARQUES, DIAS ATUAIS...

Choro no peito do Rafael, sem interrupção. Tenho medo de assusta-lo, mas esse é o único colo que tenho segurança para deixar meus sentimentos vim a tona, sem medo. Sei que ele não deve está entendendo nada, mas eu preciso disso. Preciso libertar tudo isso que me sufoca, quando penso nas nossas vidas.

— vai ficar tudo bem minha Moranguinho. — choro ainda mais forte, com as lembranças do nosso tempo juntos. — vou cantar uma musiquinha para você.

🎼
Um anjo do céu,
Que trouxe pra mim,
É a mais bonita,
A joia perfeita,
Que é pra eu cuidar,
Que é pra eu amar.

Gota cristalina,
Tem toda inocência,
Vem, ó, meu bem,
Não, chore não,
Vou cantar pra você,

Vem, ó, meu bem,
Não, chore não,
Vou cantar pra você.

Um anjo do céu,
Que me escolheu,
Serei o seu porto,
Guardião da pureza,
Que é pra eu cuidar,
Que é pra eu amar.
Gota cristalina
Tem toda inocência.

Vem, ó, meu bem.
Não, chore não,
Vou cantar pra você,
Vem, ó, meu bem,
Não, chore não
Vou cantar pra você.

Vem, ó, meu bem
Não, chore não
Vou cantar pra você
Vem, ó, meu bem
Não chore não
Vou cantar pra você.
🎼

Escuto ele cantar a nossa música inteirinha, enquanto acaricia meus cabelos, igual na minha infância. Não é um choro de tristeza, e sim de libertação, como se todos os sofrimento de tantos anos, estivessem finalmente fazendo sentido, apenas por está nos braços da pessoa que mais amo na minha vida.

— me desculpa por isso. — fungo envergonhada levantando do seu peito.

— não tem do que se desculpa, você teve seus motivos. As vezes é apenas isso que precisamos, e fico feliz que tenha confiado um momento tão sensível como este a mim. — disse de forma terna, acariciando meu rosto.

— não está me achando uma louca, por ter tido uma crise de choro no meio do nosso encontro? — pergunto envergonhada, e ele nega sorrindo.

— nem um pouco. — garantiu me abraçando. — agora que você está melhor, o que quer comer?