CAPÍTULO 20

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MELISSA MARQUES;

Acaricio os cabelos macios do meu Didi, enquanto nós balançamos na rede da varanda. Dias se passaram, e a mãe deles não deu nenhuma notícia, o que deixa meus bebês, — mesmo que não admita — angustiados.

— amor, eu estava pensando, e queria conhecer o orfanato. — paro o movimento dos meus dedos, e encaro o Rafael curiosa, por que ele não havia demostrado nenhum interesse antes.

— podemos ir qualquer dia, mas primeiro acho importante que contasse ao Gus, sobre tudo. — comento, sabendo que o meu outro menino já está impaciente para saber.

— você tem razão, é injusto com ele. — declara em compreensão óbvia.

— quando estiver pronto, conversamos os três. — apoio, querendo que ele saiba que não está sozinho.

...

Naquela noite, nos juntamos na sala, e Rafael abriu o jogo sobre toda a história, e o Gustavo só ficou ofendido, pelo irmão ter demorado a contar, e afirmou que nada mudaria entre eles.

Meu menino é um garoto incrível.

— ao menos me livrei de ser o irmão mais velho. — fez uma careta, olhando a porta do escritório. — não faço a mínima questão de ficar enfurnado naquele escritório, falando com negociantes chato.

— quando estiver maior de idade, entrego a direção a você. — Rafael comenta, e quase o Gustavo corre.

— tá doido?! — arregala os olhos com espanto. — vou apenas gastar o dinheiro que você está ganhando. Esse negócio de escritório não é para mim, prefiro algo mais... Como é aquele negócio que você estava me ensinando Mel?!

— boêmio?! — encaro o menino que assente rindo.

— exatamente. — declarou, enquanto o irmão apenas nos observa.

— moleque folgado. — Rafael resmunga, e levanta arrumando a roupa. — vamos amor? — me convida para irmos dormir.

— sim. — levanto e vou até o Gus. — boa noite amorzinho. — beijo sua testa, com carinho.

— boa noite Melsinha. — responde sorrindo.

Ele ama esses hábitos rotineiros, e seus olhos brilham quando vou acorda-lo, ou cobrir quando ele vai dormir. Ele é uma criança carente de atenção, e quero bater naquela égua, por não valoriza o carinho que os meninos tem por ela.

...

Em uma sexta a tarde, nos arrumamos e partimos até a capital, para visitamos o orfanato. Os irmãos pareciam ansiosos, e fiz o máximo para que relaxassem.

— eu liguei para minha amiga, e ela acabou de chegar de um viagem com o namorado, e nos convidou para ficamos na casa deles esse dias. — aviso empolgada, para ver minha Cléo.

— tem certeza?! — Rafa questiona nervoso.

— ela quer muito conhecê-lo, mas se sentisse melhor em um hotel, não tem problema. — declaro, não querendo pressiona-lo.

— realmente, prefiro o hotel, mas podemos visitá-la. — concordo, e sorri querendo deixá-lo calmo.

— estamos chegando. — aviso, e seu nervosismo aumenta.

Quando chegamos ao orfanato, ele parecia reconhecer tudo, não lembranças exatas, mas sim, dos seus sonhos. A diretora não é mais a Hera venenosa, então tudo está bem mais agradável.

— Melissa, estávamos organizando algumas coisas no depósito, e encontrei essa caixa com algumas coisas suas. — a mulher sorriu pegando uma pequena caixa, com meu nome e meu número de registro do orfanato.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora