CAPÍTULO 15

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FAZENDA DO ANDRÉ;

Mateus e o filho arrumam empolgado as mochilas, com matérias para o acampamento, enquanto a mulher olhava para os dois com preocupação.

— tomem cuidado com cobras peçonhentas, aranhas, insetos venenosos... — a mãe continua aconselhando, e pai e filho abraçam e beija a mulher, para acalma-la. — fico tão preocupada com vocês dois em meio a essa floresta.

— vamos ter todo o cuidado possível. — o mais velho prometeu, beijando o rosto da jovem esposa. — iremos voltar inteiro para você.

— tudo bem. — Julia, afirmou abraçando-se aos dois. — não fiquem muito longe, e amanhã talvez apareça no acampamento.

A mulher sorri de modo nervoso, somente em pensar em andar na floresta. Delicada, e um tanto quanto medrosa, sente o corpo tremer, em imagina alguns dos animais que se esconde entre as folhas.

— com quem irá? — o marido questiona, voltando a arrumar sua mochila.

— seu amigo disse que me levará. — a mulher da de ombros, e o marido a encara.

— venho buscá-la. — o homem assevera serio. — não ficaremos longe, e acho melhor que vá comigo.

— eu não gosto dele. — o garoto levanta o rosto em direção aos pais. — o senhor André tem um olhar estranho... me faz ficar com algo no estômago. — o menino conta, como se sente desconfortável na presença do homem. — um aperto.

Os pais olharam o filho sem saber exatamente o que dizer. Lúcio (Rafael) não era de ter desavença a alguém, simplesmente por implicância, então os pais se sentiram incomodados com a confissão.

...

MELISSA, DIAS ATUAIS...

A mulher alta e esguia, caminha altiva em direção a porta principal, e dá um abraço contido no filho mais novo. Me sinto extremamente ansiosa em conhecê-la, e tenho medo de como tudo ficará.

— aposto que ela vai amar conhecê-la. — sorri para meu namorado, tendo dúvidas sobre isso.

— assim espero. — observo tímida nossos dedos cruzados, tentando juntar toda a minha coragem, para enfrentar o que está por vim.

— mamãe, porque não avisou que vinha? — Rafa caminha alguns metros e abraça sua mãe, que me olha sobre o ombro do filho. — tenho uma novidade.

— e mesmo filho? — a mulher questionou, me olhando de esgueira. — tem haver com essa linda jovem?

— sim mamãe. — os dois caminham juntos em minha direção, porém não consigo decifrar seu olhar sobre mim. — amor, essa é minha mãe, Sandra, e mãe, está minha namorada, Melissa.

A mulher me encarou segundos seguidos, a ponto de me sentir incomodada. Com uma mão aperto a mão de Rafa, e a outra estendendo para cumprimentá-la, e a mulher recebe com um sorriso.

Os irmãos agem como crianças, próximo a mãe, porém a mulher é estranha, seu jeito é frio?! Não sei exatamente o que é, mas apesar de parecer ama-los, não demonstra isso.

— você não é da cidade. — ela afirma me olhando.

— não sou, cheguei a algumas semanas. Sou professora. — ela torce um pouco o sorriso, e assente.

— como se conheceram? — especula curiosa.

— eu conheci a Mel no dia em que ela chegou a cidade, e no dia da reunião escolar, ela conheceu o Rafa. — Gus conta empolgado. — eu meio que sou o cupido. — piscou fazendo movimentos de arco e flexa, e ganhou um olhar reprovador da mãe.

DOCE MEL |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora