2° DIA DE ACAMPAMENTO.
Os pais chegaram empolgados ao acampamento, porém deram um suspiro desapontado, ao não encontra o garoto na barraca.
— ele deve ter ido fazer xixi, fica aqui, que vou procurá-lo. — Mateus promete, dando um selinho na esposa.
O pai chamou e procurou o garoto nas redondezas, desesperando-se ao não encontrá-lo. Os dois vaguearam pelas proximidades, e sem sucesso, resolveram chamar equipes de buscas, que horas mais tarde agiam com ímpeto, para encontrar o Lúcio (Rafael).
— vocês não acham que ele possa ter fugido? — André questiona aos pais, enquanto "ajuda" nas buscas.
— ele não tem motivos. — o pai responde com segurança.
— todos os pais dizem isso. — Mateus olhou indignado para o homem. — só digo, que vocês podem terem brigado, e ele ficou sentido e foi embora.
— meu filho é amado e cuidado, não tem motivos para fugir, ainda mais em uma floresta onde ele não conhece. — praticamente rosnou, se distanciando do homem em seguida.
André encarou o casal a distância, e poderia quase ri, sabendo que estava trabalhando bem, em manter as equipes de buscas bem longe do garoto.
O casal estava desesperado, e a jovem mãe trabalhava nas buscas, mesmo tendo pânico de florestas e animais selvagens, agora nada disso importava, enquanto gritava a todos os pulmões pelo filho.
— Mateus! — a mulher chamou pelo marido, que logo estava próximo a ela. — olhe isso?! É do nosso filho. — mostrou a pequena pulseira, que o filho usava.
— sim amor. — os dois deram pequenos sorrisos esperançosos.
O casal se distanciou seguindo um rumo diferente, do que a equipe de resgate havia indicado, e horas de caminhada depois, os dois se depararam com uma pequena cabana de caça.
...
RAFAEL SAVÓIA, dias atuais...
Melissa me encara segundos seguidos, parecendo que irá desmoronar a qualquer instante. Não quero vê-la assim, porém estou me sentindo sufocado com esses segredos.
— vou conta-lo. — prometeu dando um suspiro profundo. — só promete não me odiar? — implorou preocupada. — sei que acha que sou uma boa pessoa, porém sei que mudará de ideia depois que te contar tudo o que sei, e fiz.
— não tem como odiá-la. — garanto levando a mão ao seu rosto delicado.
— só saiba que tudo o que fiz, foi por amor a você. Eu sei que nada justifica, porém... — suspirou, olhando as próprias mão.
— só me fale. — peço segurando suas mãos. — por favor.
— seus pais se chamavam Mateus e Julia, você me disse que eles eram incríveis. Seu pai era brincalhão, e sua mãe tímida e doce. — um sorriso brincou em meus lábios, ao imagina-los.
— eu já sonhei com eles, mas... você também estava conosco. — comento sentindo meu peito apertado. — você os conheceu?
— não conheci meus pais, então você sempre me ajudava a imaginar os seus. Talvez nos seus sonhos, nossa imaginação se tornasse, mas real. Quando cheguei ao orfanato, ainda era muito pequena, e você não falava com ninguém, porém ficamos próximos e nunca mais nos separamos, até você ser adotado. — assinto em entendimento, e encaro a mesma querendo fazer a pergunta que mais me assusta.
— o que aconteceu com eles? — tento segurar as lágrimas. — com meus pais?
— eles faleceram. — soluço não suportando o sufoco que tampa minha garganta. — shiiii... — Melissa me abraçou, e acariciou meus cabelos.
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DOCE MEL |+18|
RomanceMelissa é doce! Doce como mel com morango. Lúcio ama aquela pequena garotinha manhosa, que é sua única alegria após sua vida ter sido tão abalada, e agora ter que viver em um orfanato. Quando foi adotado, prometeu voltar, e Melissa esperou, e esp...