Capítulo 11 - Sentir

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Até que ponto a dor pode se tornar prazer?
••••

Ele não sabia bem como se sentia sobre aquilo, mas ele sentia. Na verdade, ele sentia demais. Todo o seu corpo, tudo ao redor, ele apenas sentia. Com os movimentos e a visão presos, tudo o que ele podia fazer era sentir, e era como se aquele sentido houvesse se intensificado.

Ana ainda o beijava, e por mais que Christian ansiasse por tocar nela, ele permanecia daquela forma, apenas sentindo os lábios da garota sobre os seus, o corpo apertado contra o seu, conseguindo sentir seus batimentos cardíacos enquanto as maos da garota passeavam por seu peito, ora subindo ora descendo, deixando as unhas afundarem em pontos específicos que faziam Christian reprimir um gemido.

Porque, porra! Aquilo era muito bom.

Até que o ar se fez necessário, e o beijo foi interrompido por longos selinhos e nenhuma vontade de se afastar.

A respiração se misturando enquanto os dois tentavam se recuperar.

Ana deixou os lábios correrem por seu queixo até seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos até a clavicula, para então morder. Christian se assustou com aquilo, puxando os braços que aos menos se moveram mais que um centímetro, sentindo o tecido das cordas apertarem seu pulso. Era incômodo, não dolorido. Assim como a mordida. Não havia sido uma ruim, apenas um lembrete. E mesmo depois que ela  voltou a correr os lábios por sua pele, ele ainda sentia a mordida ali.

O mais estranho não havia sido não doer de verdade, havia sido ele sentir seu corpo inteiro se arrepiar de uma forma boa.

Não estava esperando por aquelas sensações, com certeza.

_ Está tudo bem? - ela questionou em voz baixa.

Christian balançou a cabeça.

Ana apertou as mãos contra sua cintura, cavando as unhas em sua pele, fazendo o outro morder o lábio inferior reprimindo um gemido de dor agora.

Palavras.

Ele se lembrou.

Ela não precisou dizer, nem o lembrar, ele apenas entendeu o que ela queria.

_ Eu estou bem - respondeu num suspiro.

Era tão intenso. A forma como seu cérebro só processava tudo e enquanto Christian estava mais preocupado em sentir.

Ela acariciou de leve sua cintura, com certeza onde havia marcas de suas unhas agora,

Christian quase pôde ouvir as palavras "bom menino".

Então ela desceu os lábios por seu peito, numa lentidão que o fazia suspirar de ansiedade. Ana continuou descendo os lábios, junto das mãos agora, até pararem no cinto da calça e descer os lábios por sua barriga até chegar ao cós da calça.

O coração de Chrsitian disparou mais do que já estava disparado, ele nem sabia que era possível.

A ansiedade e o sangue corria por suas veias numa velocidade absurda enquanto Ana desafivelava o cinto e então abria o botão, desceu o zíper...

Christian engoliu em seco.

Seus pulsos doeram novamente quando numa reação automática ele puxou ao sentir Ana passar uma das unhas enormes por cima da boxer. Ela não abaixou sua calça, nem a boxer, mas ainda assim tinha acesso a ele, o que deixava ainda mais excitante. Ele estava duro de um jeito que nunca havia ficado, ela nem havia o tocado ou feito nada demais. Mas lá estava.

Ela ainda deixava os lábios bem acima do cós da boxer, dando chupoes e beijos molhados, como se quisesse mostrar para ele como ela era boa com a boca.

50 Tons de Uma SteeleOnde histórias criam vida. Descubra agora