Capítulo 4 - E você?

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"[...] Mas a beleza é subjetiva. Você sabe que às vezes o que torna uma pessoa atraente é o jeito que ela faz você rir ou como ela parece ler a sua mente?"

- A Coroa, Kiera Cass

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A verdade é que você nunca sabe qual dia será o momento de impacto da sua vida

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A verdade é que você nunca sabe qual dia será o momento de impacto da sua vida. Os dias que você pensa que serão nunca alcançam a proporção imaginada, são aqueles normais, os que começam normalmente, como se fossem mais um dia qualquer, que acabam te dando os momentos importantes.

E aquele momento era importante. E absurdamente clichê. Um clichê terrível. Chegava a ser ridículo o clichê que era aquele momento.

O homem que passou pela porta era bonito. Ana poderia arriscar a chamá-lo de lindo. Mas ele não parecia estar forçando aquilo. Era natural.

Seu cabelo tinha uma cor castanho um pouco mais cobreado, meio bagunçado. Como se ele quisesse provar para o mundo que não se importava com a futilidade que era arrumar o cabelo, mas tinha levado bastante tempo para demonstrar aquilo. Ele era alto, a garota arriscava quase um e noventa, usava uma roupa casual, jeans e jaqueta. Mas o que chamava mais atenção eram os olhos, incrivelmente cinzentos, de um jeito que chegava a brilhar.

— Srta. Steele - ele a cumprimentou.

Era possível sentir a entonação nervosa em seu tom de voz, junto à satisfação... Desejo. Não era algo novo para Ana. Era até natural de uma forma desconfortável.

— Olá, Sr. Trevelayn-Grey - ela disse, levantando-se.

_ Só Grey, por favor. Na verdade, pode me chamar de Christian - ele falou numa voz cadenciada que reverberou o corpo de Ana.

A garota assentiu e circulou a mesa, parou encostada nela.

— Sente-se, por favor – disse ao homem. - Taylor, feche a porta - ordenou, tirando o cabelo do rosto.

O segurança fez o que lhe foi mandado e prostrou-se ao lado da porta.

Ana seguiu com o olhar Christian sentando-se na cadeira a frente de sua mesa, quase ao seu lado.

Ele tinha um ar meio arrogante, mas ao mesmo tempo simpático. Era confuso pensar naquilo.

— Você cursa direito, não é? - Ana perguntou, tentando fazê-lo falar.

— Uhum - ele murmurou.

A garota fechou a cara. Odiava quando as pessoas faziam aquilo, pareciam não estar dando a devida atenção que ela merecia. Ela cruzou os braços e voltou a se sentar, cruzando as pernas, enquanto Christian pegava alguma coisa.

— Jared, quer dizer, o Sr. Kanavag, explicou para que era a entrevista? - ele perguntou.

— Uhum - ela murmurou.

50 Tons de Uma SteeleOnde histórias criam vida. Descubra agora