Ana tinha quatorze anos e tudo o que ela queria naquele momento era pegar uma das garrafas de whisky de Raymond e beber todo o líquido.
Ou talvez tacar a garrafa na própria cabeça.
Ela estava muito tentada na segunda opção mesmo que a primeira parecesse mais viável.
Carla havia a obrigado a usar um vestido ridículo, rodado e verde, a mulher havia lhe dito que ela parecia uma princesa.
A Fiona depois do por do sol, provavelmente.
Pelo menos Carla havia a deixado usar saltos e nem havia lhe obrigado a fazer malditos cachos no cabelo.
A morena estava sentada entre Carla e Ian, diante da enorme mesa de jantar da casa dos Timber. Ela nunca havia os visto antes, mas eles eram estranhamente bonitos e intimidantes.
Por alto, ficou sabendo que Carla havia defendido o homem, Lincoln Timber, alguma coisa sobre ser acusado de propina ou algo assim, Ana nao fez questão de saber. Era um jantar de comemoração.
Por que Ana tinha que estar ali? Ela não tinha ideia. Mas Carla havia prometido que se ela se comportasse poderia passar a noite de sábado até domingo mexendo em seu projeto no computador.
Foi naquele fim de semana que ela havia criado seu primeiro software de segurança, um sistema de alarme movido a movimentos, e também foi naquela semana que ela teve de tomar decisões importantes em sua vida.
Foi apenas três meses depois que ela, junto dos pais e os Timber, passou o feriado de julho na casa do lago em Montesano. Ela nunca havia sequer beijado alguém antes de seguirem viajem, mas enquanto ficaram na casa, ela fez muito mais do que aquilo.
Com dezesseis anos, Ana vendeu seu projeto em seu próprio nome, o que a permitiu patentear o sobrenome Steele mesmo que sua certidão constasse ser uma Adams. Ganhou quase um milhao de dólares por seu projeto. Hoje, ela percebe que valia muito mais. Mas nao havia problema. Ela apenas continuou fazendo mais e mais.
Fora Linc quem deu a ideia de uma empresa. Ela tinha dezoito anos, muita inteligencia e uma margem grande de dinheiro a essa altura, tambem havia o fato da herança de sua mae finalmente poder ser passada para ela. Tambem fora Linc quem a ajudou com o lugar, a preparando tudo e a convencendo em comprar um predio e nao apenas uma sala.
Carla e Ray não admitiam, mas eles a achavam louca em querer abrir uma empresa, sendo nova e ainda com sua personalidade forte e dificil.
Ana pouco começou a se importar com a opinião deles sobre sua vida profissional.
Eles sentiam orgulho apenas de Ana estar querendo focar em algo sério, mas não acreditavam realmente em seu potencial com uma empresa. Afinal, era os Estados Unidos, o que mais tinha ali eram empresas de tecnologia e Ana era nova demais.
Foi uma estratégia de Linc tambem a ideia de Ana se recusar a vender seus projetos e começar a sugerir que os compradores se tornassem seus patrocinadores, ela nao podia investir apenas um capital sem lucro. Foi dificil no começo, mas entao, com vinte, Ana ja tinha um grande numero de sócios, e nao patrocinadores. Ela tinha um predio, produtos patenteados por si, e uma empresa conhecida mundialmente. O próprio predio em que morava tinha o seu sistema de alarme, era completamente projetado com seu plano de segurança.
Linc e Elena também havia sido mais do que seus dominadores, Linc realmente se empenhava em lhe ajudar, e Elena também havia passado algum tempo dedicando a si apenas para seu benefício e nao ao dela. Eles foram as únicas pessoas que lhe apoiaram em algo por ela, apoiaram seu jeito de ser e aceitaram aquilo, moldando-se sobre ela, quando Carla e Ray apenas tentavam a mudar.
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50 Tons de Uma Steele
FanfictionAnastasia Rose Steele é uma gênio da tecnologia moderna. Aos 23 anos é dona de sua própria empresa, controla sua própria vida e até a daqueles que a rodeiam. Filha de pais amorosos e irmã de Ian, um estilista já famoso. Aparentemente, apenas uma mul...