O Audi preto e infilmado parou no meio fio da calçada, bem em frente uma porta alta e escura, sem nada na frente. Christian com certeza passaria direto, mas não Ana, é claro, ela sabia exatamente o que estava fazendo.
_ Tudo bem? - ela questionou a ele enquanto o segurança saía do carro.
_ Claro. Só... ansioso.
Ela sorriu, inclinou-se para ele alguns centimetros e tocou os labios nos dele por um segundo.
_ Só lembre-se de não se afastar de mim e, se alguem se aproximar de voce e te elogiar a primeira coisa que voce diz é "eu tenho uma domme", okay?
_ Elogiar?
Ana ajeitou a barra do vestido nas coxas e saiu do carro que Taylor já havia aberto a porta, tendo Christian logo atrás de si.
_ Sim, qualquer tipo de elogio, até mesmo um "você tem um sorriso bonito", não agradeça, não sorria de volta, nada. Apenas continue andando. Acredite, você não quer passar pela experiência de confundir as coisas - ela respondeu.
_ Eu achei que isso já era prova de que eu sou o submisso de alguém e era o bastante para ninguém se aproximar de mim - ele apontou para o colar em seu pescoço.
Ana se aproximou totalmente, tirando o pingente de dentro da blusa e o deixando a mostra.
_ Mas sempre tem a teoria do compartilhamento. Eu já disse, é de certo modo apreciativo, mas não é a minha escolha no momento e imagino que a sua também não - ela piscou para ele de forma sexy e o puxou pela mao.
Na verdade, Ana inteira estava sexy. O cabelo estava solto e escorrido, a maquiagem um pouco além do que o que ele jamais a vira usar, os saltos tão altos que a deixavam um centímetro maior que o Grey, o vestido verde escuro com um decote perfeito estava um pouco acima do meio das coxas, tornando-o curto o suficiente para a imaginação de Christian correr solta, e talvez ficar com um pouquinho de ciúmes também.
Mas Christian se recusava a sentir ciúmes, com alguns dias daquela relação ele percebeu o quanto o respeito e a confiança era o teor principal.
Assim que eles entraram pela porta a primeira coisa que ele pensou foi no quanto era intimidante o lugar. Era realmente uma boate, porém muito ampla e tudo gritava "LUXO". O lugar também era um pouco quente, destoando do frio que fazia do lado de fora.
Ana continuava o puxado pela mao por um corredor que ficava bem no meio do lugar, exatamente como uma atração em volta, ela seguiu até o fim e subiu as escadas com pouquíssimos degraus escuras no canto, lá Christian percebeu que era algo como um camarote.
Ela não precisou se identificar nem nada, apenas andou como se fosse a dona de tudo, como ela fazia em todo lugar que ia e se sentou numa espécie de sofá atrás de uma mesa redonda, fazendo Christian se sentar ao seu lado, de frente para o centro da boate, onde havia uma espécie de palco.
Ao todo, Chrsitian havia observado duas coisas que ele achou bastante importante: primeira, todos ali pareciam ter muito, muito dinheiro, as roupas eram pesadas e elegantes demais quando o Grey achou que teria pessoas sem roupa, e os acessórios brilhavam em ouro ou platina de forma cegante; segundo era que ele conseguia destoar completamente quem era dom e quem era sub. Homens com mulheres, homens com homens, mulheres com mulheres, era tudo totalmente nítido de uma forma que ele nunca imaginou que poderia ser.
Ele e Ana também eram daquela forma? Todo mundo conseguia ver que ele era o submisso e não ela?
_ Pode me trazer um martine, e você, baby? - a voz de Ana o tirou de seus milhares de pensamentos.
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50 Tons de Uma Steele
Fiksi PenggemarAnastasia Rose Steele é uma gênio da tecnologia moderna. Aos 23 anos é dona de sua própria empresa, controla sua própria vida e até a daqueles que a rodeiam. Filha de pais amorosos e irmã de Ian, um estilista já famoso. Aparentemente, apenas uma mul...