#14 - Rosa

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Boa tarde, amores! 

Esse capítulo tá bem curtinho pois estou meio cinza hoje e também não queria deixá-las sem. 

Espero que curtam mesmo assim... <3

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Um toque frio e distante. Movimento brusco e impaciente de quem queria acabar logo com aquele contato. Troy não queria estar ali. A raiva ainda se fazia presente na bela de olhos verdes, observando seu então noivo examinar seu pé ferido para lhe liberar ou não. O contato estava distante e amargo, por pura obrigação. Não haviam se falado desde a última briga. O loiro não queria ouvir reclamações e evitá-la até o dia seguinte foi seu máximo quando foi acordado por Clara para que a examinasse. Ainda doía a forma que ela tinha tratado Ally sem razão alguma. Dura, sem qualquer pingo de educação ou algo que a fizesse lembrar que a menina também merecia respeito. Lauren não era assim, por mais que as vezes uma versão mimada e má tomasse conta do seu corpo. Ele a conhecia e por isso mesmo não conseguia aceitar aquela situação.

— Ela já passou um bom tempo com esse pé imobilizado. — Clara cruzou os braços, observando o toque do genro. — Não acha que está na hora de dizer adeus a essa bota? Minha filha quer voltar a andar como uma pessoa normal.

— Lauren usou tempo o suficiente, tia Clara. — explicou sem olhar nos seus olhos. — Não menos e não mais que isso.

— Ainda acho que foi um complexo exagero.

— A senhora pode achar, porém aqui eu sou o médico. — teve de olhá-la. A feição da tia não parecia nada feliz. — Acredito que neste caso meu achar tenha o peso maior de validade.

Calando a boca da tia, Troy voltou a atenção para o pé da namorada. Lauren suspirou impaciente, pegando seu celular para que o tempo passasse mais rápido. Clara observava o muro entre eles. Muro com nome, endereço, pele cor de mel e pouco mais de um metro e meio. O que uma mulher era capaz de fazer para destruir um propósito matrimonial? Muita coisa, só não com a mesma força do que outra estaria disposta a fazer para cumprir.

— O uso da bota está suspensa. — o homem se levantou de repente. A notícia fez Lauren respirar um pouco mais aliviada. — A medicação também. Só peço que não faça esforço muito brusco, tampouco use sapatos altos ou pesados. Nadar ou fazer pequenas caminhadas te fará muito bem.

— Vou poder montar depois?

— Poderá fazer o que quiser, Lauren. — resposta direta e sem o ar doce de sempre. Lauren sentiu, assim como a outra mulher presente no recinto. — Meu trabalho acabou por aqui. Vejo vocês mais tarde.

Saindo do quarto sem esperar ou querer ouvir mais alguma coisa, o médico bateu à porta deixando as duas mulheres sozinhas. Clara arqueou a sobrancelha com o barulho do impacto e sentou-se a ponta da cama de braços cruzados esperando alguma reação da filha que continuou levando a situação como algo completamente relevante.

— Te fiz um favor ao chamá-lo pra isso? Nem sequer falou com ele.

— Não falei porque não tive vontade. — Lauren foi direta deixando o celular de lado por alguns instantes. — A senhora mesma viu que ele não quer falar comigo. A culpa não é minha se preferiu ficar ao lado da amiguinha.

— Deveria ao menos ter pedido desculpas por seu comportamento. É assim que uma boa companheira deve agir nesses casos.

A cabeça de Lauren deu volta em mil dúvidas naquele instante. Sua mãe podia estar falando sério?

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora