#29 - Um reencontro

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Desse jeito vou deixar vocês muito mimadas.

3 capítulos numa semana... acabaram com meus dedos!

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Keana Marie morava num bairro modesto e simples afastado do centro rico de San Fierro. Mais precisamente numa pequena vila com vizinhos gentis e prestativos. Havia um pequeno chafariz no meio onde crianças sempre brincavam com barquinhos de papéis, bonecas e carrinhos. Sua casa era pequena, mas bem decorada e aconchegante. Filha única, morava com a mãe, dona Joana, que tinha ficado viúva há alguns anos.

— Mãe, cheguei! — anunciou colocando as bolsas e a mala das meninas no cantinho da sala.

— Oi, minha filha. — dona Joana sorriu ao ver Keana acompanhada das duas moças. — Olá meninas, entrem. Fiquem à vontade. A casa é de vocês.

Dinah estendeu a mão e deu um sorriso. Foi a primeira a simpatizar com dona Joana.

— É um prazer conhecer a senhora e espero que a gente não esteja incomodando. — falou apertando a mão.

— Que incomodando que nada, deixe de bobagem! 

— Me chamo Camila, senhora. — estendeu a mão em seguida. — Me permita falar, mas a senhora é linda.

— Ela já tem uma autoestima grande o suficiente, Camila. Por favor, não faça isso. — Keana brincou com a mãe.

— Se um dia escolherem ter filhos lembrem-se de não dar essa liberdade que eu dou à Ke. — sorriu abraçando a filha. — E primeiramente, sem essa de “senhora” aqui. Senhora tá no céu, me chamem de dona Joana como todo mundo me conhece ou apenas de Joana. Keana me enviou uma mensagem falando que conheceu vocês no centro e que são de Montgomery. Cidade linda, já visitei. Tenho saudades do campo, mas a cidade também tem um espaço grande no meu coração.

— Confesso que estou impressionada com a beleza da cidade. — Camila admitiu. — Realmente tem seu encanto. Uma beleza diferente, mas ainda sim uma beleza.

— Aqui não é a zona mais rica da cidade como vocês puderam perceber. — dona Joana sorriu modesta. — No entanto, o que falta em dinheiro compensa em felicidade. Se decidirem ficar com a casa serão muito bem recebidas por todos os moradores.

— Podemos ver a casa, mamãe? — Keana perguntou. — É um pequeno sobrado acima da nossa, meninas. Espero que não tenham problemas com alguns degraus de escada.

— Podemos sim, mas antes espere o almoço ficar pronto. Ninguém entra na minha casa e sai sem provar minha comida. Ke, faça elas se sentirem em casa. Eu volto em minutos com um bom assado, espero que estejam com fome, meninas.

Bem recebidas, as duas ficaram na sala na companhia de Keana.  Descobriram que dona Joana já era aposentada, mas procurava sempre trabalhar fazendo bolo e doces para vender no bairro. Keana trabalhava como balconista num restaurante de comida brasileira no centro e assim conseguia pagar seus estudos e ajudar a mãe em casa. Eram apenas as duas que viviam na casa e mostravam ser muito amigas e felizes.

— Se tudo der certo eu me formo em dois anos. Foi uma longa caminhada até aqui. — Keana terminava de contar um pouco sobre sua vida profissional.

— E você pretende abrir uma empresa? — Dinah perguntou. — Como administradora deve ficar mais fácil fazer isso.

— Ainda não amadureci tanto essa ideia, mas no futuro quem sabe? — sorriu. — No entanto, confesso que tenho vontade de expandir o negócio da minha mãe. Com tudo registrado, sabe? Depois com mais experiência eu posso abrir outras, claro que nada tão grande quanto uma gravadora por exemplo. — riu. — Confesso que às vezes lidar com público é um estresse e eu acabaria com meus clientes.

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora