#28 - San Fierro

3.6K 398 350
                                    

Aiai, eu to muito inspirada sabe.

Dois capítulos num dia.

Foram vocês que pediram? ❤

Aviso: Esqueci de avisar, mas antes do assédio do Elias haviam se passado cinco meses.

.
.
.

San Fierro.

— Dan gostou muito de você.

— O que?

A música alta nos fones impediu que Lauren compreendesse o que foi dito pela amiga. Normani engatinhou na cama e arrancou os aparelhos do ouvido da morena, puxando o lóbulo para falar mais alto.

— O Daniel gostou muito de você. — repetiu pausadamente.

— Ah…!

Normani sentou-se junto a ela, encostando na cabeceira. A amiga não parecia ter se importado tanto assim o que tinha acabado de ouvir.

— Outras mulheres ficariam loucas se soubessem que Daniel Cavalieri não para de fazer perguntas sobre elas. Pra você é simplesmente um “Ok…”.  — riu. — É por isso que eu te amo, você sabe colocar um homem no lugar dele. Isso se chama reparação histórica.

— Não diga bobagens. — Lauren tentou não rir. — Eu apenas fiquei sem o que dizer. Desde aquela social na casa dele conversamos pouco por WhatsApp. Ele é tão educado que me sinto falando com um daqueles escritores antigos.

— Só acredito porque o conheço. — olhou pra TV onde passava um episódio repetido de um seriado de comédia qualquer. — Mas estou falando sério, ele gostou de você. Acha que podem sair algum dia? 

— Não sei se estou pronta pra isso.

— Por causa da Camila?

Lauren não respondeu. Abraçou o próprio corpo e focou seus olhos na televisão. Não queria voltar a falar sobre, reabrir uma ferida. A saudade pegava com força durante a noite. As madrugadas eram passadas por boa parte na janela, olhando a lua solitária no céu sem estrelas por conta da poluição e tempo. Olhar para o astro brilhante a fazia lembrar de Camila.

— É claro que sim, não sei por qual razão ainda pergunto.

— Exatamente, não sei porque ainda pergunta. — Lauren bufou, pegando o controle remoto e vagando pelos demais canais. — Você reclama comigo que eu estou vivendo no passado e é a primeira a refrescar a lembrança dela pra mim.

— Não faço por querer. — se defendeu. — Só é estranho. Achei que logo essa fase sapatãozinha passaria. 

— Escuta. — pediu. — O Daniel é legal, bonito, bem educado, culto. Qualquer pessoa seria sortuda por estar com um cara assim. Ele sabe conversar, fluir bem um assunto. Só que eu não estou pronta para recomeçar. Tenho medo de me ferir outra vez.

— Não acho que isso vá acontecer. Claro, só você se permitindo saber. Como você mesmo disse, ele é nota dez então, creio que valha a tentativa.

— Não sei. — foi sincera. — Não posso negar que parte de mim ainda se sente conectada a Camila. Sinto que nosso “adeus” não valeu de nada. Se eu fecho os olhos por alguns instantes, posso sentir que ela também pensa o mesmo, que ainda pensa em mim, que sonha comigo, que me procura a noite. Sinto falta dela, Normani. Tenho medo que esse amor vire algo tão irracional e dependente. Preciso tirar isso da minha mente o quanto antes, toda essa situação.

— Você virou uma novela mexicana ambulante. — Normani observou com medo pela amiga. — Como você pode ter certeza disso? E se ela já estiver partindo pra outra e você aqui, chupando dedo e segurando uma mala sozinha?

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora