#21 - Ruína

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Boa noite, xuxus!

Passando pra deixar mais um capítulo procês!

Espero que gostem, e hoje teve o último capítulo da mini fic, depois deem uma olhada <3

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Camila bufou, empurrando com as mãos a cadeira que apenas cambaleou ao chão.

Inferno!

Inferno!

E mais uma vez, INFERNO!

Por quanto tempo isso duraria? Aquela perseguição, aquele ódio? Quando teria Lauren apenas para si por um momento? Só desejava isso. Um momento tranquilo. Mas não conseguia. A onda era maior, difícil de fazê-la navegar tranquila naquele mar. Quando a superfície estava calma demais isso desmoronava trazendo um tsunami de saltos caros bem a sua direção.

Se sentou, bebendo a tequila que havia sobrado. Lauren havia ido embora sem sequer poder lutar contra.

A mexicana não sabia se poderia aguentar isso. Essa saída recente do armário de sua namorada. Namorada. Era irônico senti-la dessa forma. Sem pedido, tão perto, tão sua, mas ainda assim tão inalcançável.

Tu suegra está un poco enojada. — Fernando se aproximou, sentando na cadeira vazia ao lado da menina.

Esta maldita hija de puta no es mi suegra! — rosnou. Um pouco voraz demais para quem não tinha culpa. — Desculpa, Fernando.

O homem estendeu a mão em sinal de paz, mostrando que estava tudo bem.

— Não vim aqui te aborrecer. — Tocou seu ombro. — Vim saber se está bem para ir para casa?

— Consigo dirigir. Não estou tão alta assim.

— Não é isso. — pigarreou. — Camilita, seu pai passou mal.

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Acho que numa hora você vai precisar decidir. — Normani respondeu à pergunta do outro lado da linha.

Lauren olhava para o teto em sua cama. Era manhã do dia seguinte, pós café da manhã. O pouco sinal que surgiu aproveitou para falar com a melhor amiga. Precisava conversar, acalmar um pouco sua mente e se distrair de toda a situação que havia provocado com sua mãe.

A volta do bar até a fazenda foi num silencio tempestuoso. Clara não dizia nada, mas suas respiradas fundas ao volante mostravam a Lauren que nada estava bem. E depois de suas falas... a menina Jauregui não conseguia pensar direito.

— Me decidir? — questionou.

É, caralho! Se vai continuar sendo a filhinha da mamãe ou a mulher que quer ter uma vida própria. — Ela conseguia ver a amiga revirando os olhos do outro lado.

Girou na cama, tendo a liberdade de não mover o celular por conta dos fones sem fios.

— Não sei se eu deveria ter que escolher um lado, Mani. Por que ela não pode se permitir a ver Camila como eu vejo?

Isso é uma pergunta ao qual você sabe a resposta. — Mani ponderou. — Também não é apenas o dinheiro... Camila é mulher.

— Não, por favor. Não a rotule assim, pra mim é irrelevante. Ela é uma pessoa. Eu me apaixonei porque ela é uma pessoa.

Que seja. Uma pessoa. Uma pessoa sem os mesmos recursos e uma pessoa mulher, assim como a pessoa que a Clara pariu. Ainda assim você precisa se decidir. Quer continuar sendo a princesa da mamãe?

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora