#22 - A Fazenda ao Amanhecer

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Boa noite, meus xuxus orgânicos!

Como cês tão?

Querem capítulo?

Demorei mas cheguei.

Leiam a notas <3

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O chá foi servido pós jantar aquela noite. Com uma noite um tanto fresca e com previsões de chuva, os presentes na casa grande da majestosa El Triunfo sentiam-se confortáveis para compartilhar a sua presença em companhia um dos outros. Menos o rapaz Troy, é claro. Com a guerra fria que precisava encarar em todas as refeições na casa, preferia focar sua presença no trabalho ou na casa da namorada.

Robert e Julianne sentavam no sofá mais largo. Betty e Lauren nas poltronas próximas. Servindo-se dos chás de hortelã e morango arranjados a mesa de centro. Biscoitos de champanhe e nata. Tranquilidade era tudo o que resumia, até o momento em que o assunto chave voltou à tona.

— E o seu filho? — o patriarca se dirigiu a esposa. — Até quando vai fingir que não tem uma família?

Lauren e Betty se entreolharam. Nenhuma palavra. O silêncio do conflito entre eles gritava por si.

— Entra e sai quando bem quer, não dá satisfação de mais nada. — O único tomando café, deu um gole generoso em sua xícara. — Essa casa está virando uma bagunça.

— Você sabe que Troy sempre precisa de um espaço para pensar. — Julianne interveio a favor do filho.

Robert discordava.

— Acho que o que faltou na criação dele foi umas belas surras. — Afirmou. — Se ele está achando que receberá uma faixa de bom comportamento ou um pedido de desculpas está muito enganado.

Bem como dito: Sempre no trabalho ou sempre na rua. O jovem rapaz não deseja a clemência de seus pais. Em nenhum momento quis. Não queria mudar o que pensavam também. Seria um esforço desnecessário. Seu pai era uma rocha com algumas atitudes carrascas quando contrariado. Sempre visava seu próprio querer acima de tudo. Ter a melhor imagem, a melhor empresa, a melhor mulher, o melhor filho. Sua mãe, apesar de bom coração e dócil, as vezes se mesclava as ordens do marido.

Submissão. Total obediência em nome de manter a paz no casamento.

— Ontem eu a conheci. — Lauren arriscou dizer. Foi delicada e baixou a cabeça ao falar. — Ally. Ontem eu a vi. Troy passou e me buscou. Queria que eu a conhecesse.

Robert olhou para a esposa e negou com a cabeça. Aquele não era seu filho. Um filho criado por ele jamais teria tal comportamento.

— Ele te levou a casa dessa moça? — Julianne perguntou confusa. — Não compreendo as intenções. Para o que?

— Para o que acha? — o homem elevou a voz. — Para humilhá-la. Como pôde ter aceitado isso, minha sobrinha? Se rebaixar a esse nível. Não basta o que ele te causou e você ainda sim conseguiu acompanhá-lo ainda mais para ver essa mulherzinha?

— Ela não é nenhuma mulherzinha, tio. — Arriscou defender, usando um tom suave, sempre mantendo sua pose.

Não a conhecia e sua convivência com a jovem havia sido pouca, mas Ally tinha brilho. Em volta do seu corpo brilhava uma áurea pura e gentil. Não precisaria de meses de amizade para sentir isso.

— Ally é uma boa garota. — Olhou para os dois. — Ela é doce, delicada e muito bonita. Troy gosta mesmo dela e parece ser a pessoa ideal para meu primo.

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora