#36 - E o tempo passou

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Boa tarde, capetada!

Percebi que muitas pessoas estão p#tas pelo rumo da história e digo: isso não é culpa minha. Só estou seguindo a base da novela.

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Dizem que o tempo cura tudo.

Fecha todas as feridas, acaricia todos os corações partidos. Há lendas que garantem que basta dar tempo ao tempo e até o mais intenso dos sentimentos voa com o vento, levando as partes ruins e deixando estar tudo aquilo que foi bom e verdadeiro.

Alguns meses haviam se passado desde que Lauren havia se permitido recomeçar.

A princípio difícil, com culpa e medo de machucar seu coração outra vez, mas precisava tentar. Respirando novos ares, viajando e contemplando Daniel em competições de corrida e eventos esportivos. Ele a apoiava, a protegia, cuidava do seu bem estar, a mimava sem temer as consequências disso. Tudo por um sorriso da mulher. Faria qualquer coisa para vê-la feliz. Ela retribuía como conseguia. Devagar, aos poucos, sem atropelar seus próprios limites, tinha conhecido um homem bom, verdadeiro, respeitoso e compreensível num nível quase inexistente.  Daniel Cavalieri, além de um bom namorado era um excelente amigo. Deixava claro que sua prioridade era Lauren. Sempre e acima de qualquer coisa. Quando estava viajando, voltava no dia seguinte caso ela pedisse. Quando não era possível, tinha o contato das melhores floriculturas e chocolaterias da cidade. Era a forma de se manter presente quando estava fora da cidade. Queria que a mulher se sentisse amada mesmo quando ele não estivesse fisicamente ali para fazer isso. Ele era um ponto de paz e calmaria, a mulher não podia negar.

Daniel sabia que ela não tinha o mesmo sentimento, apesar de gostar genuinamente dele. Não era tolo, nem inocente. Algumas vezes se perguntava se não estava aceitando pouco, mas não. Via sinceridade nas ações da namorada. Ela havia entrado naquele relacionamento de mente e coração aberto. Era delicada, doce, amorosa. Sabia que o amor era uma construção. Estava pouco a pouco construindo isso com ela.

Queria ouvir um "eu te amo" soarem de forma apaixonada pelos lábios de Lauren. Não podia mentir sobre o fato que imaginava isso todos os dias. Mas não queria acelerar as coisas, afinal para quê ter pressa se o futuro era a morte?

O processo também era importante e deveria ser aproveitado.

O outro lado da moeda, Camila Estrabao.

Desde o dia do beijo com Keana, a mexicana nunca mais viu ou ouviu falar sobre Lauren Jauregui, além do fato de ouvir Julianne citar o novo namoro.

Entendia pouco ou quase nada de redes sociais, mas compreendia que a ausência da foto de perfil era um sinal de que a olhos verdes havia decidido seguir em frente sem seu amor.

Machucou, é claro que sim. Mas não se martirizava por coisas que não dependiam apenas dela. Estava disposta a explicar caso fosse preciso, mas Lauren não estava interessada em ouvir, sequer buscar explicações. 

As semanas foram passando e ela apenas deixou a situação fluir. Trabalhando, enviando dinheiro para casa. Deixou o lado amoroso da sua vida debaixo dos panos. Falava com seu pai quando ele conseguia sinal. O homem havia voltado ao trabalho, com afazeres leves, nada muito braçal para não prejudicar a saúde do seu coração. Camila não queria que ele se matasse de trabalhar, e nem sequer era necessário.

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