#57 - Lloran Las Rosas (v. II)

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Tô brincando, capetada.

Na verdade, não estou não.

Essa história terá dois finais, então pra quem gosta do final na novela, o capítulo anterior foi o último.

Pra quem quer conhecer o final da autora, a fanfic ainda não acabou.

Pra quem odeia dois finais, criei um jeito de unir esses dois capítulos então aquieta a bundinha e leia.

Ah, a ideia dos dois finais foi da leitora linda kccsmalik ❤️

Boa leitura!

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Camila abriu os olhos afobada, assustada e com o peito doendo. Seu coração acelerado e mente agitada, recém acordada de um terrível pesadelo que ela não quis ter. Sentia sede, confusão mental e demorou a perceber que estava no seu quarto em Montgomery.

Olhou para o relógio. Era quase meio dia. Havia dormido demais por conta do fluxo pesado no trabalho no dia anterior, possivelmente o causador do sonho ruim. Não era de ter pesadelos, tampouco com alguém tão próximo. Sempre que tinha, acordava péssima e seu dia não rendia nada.

Ela só esperava que tudo estivesse bem.

E estaria. Foi apenas um sonho ruim.

Um banho fresco ajudaria seu corpo e sua mente a relaxar daquele estado tenso. Separou a roupa e foi para o chuveiro, deixando com que a água gelada caísse sobre sua cabeça. Fechou os olhos para apreciar a sensação refrescante. Era uma das coisas que sentia falta na cidade grande e fria. O banho gelado. Em San Fierro apenas banhos quentes ou menos, por conta da temperatura gelada e nublada.

Seu pai sempre lhe dizia que um bom banho fresco era a chave para tudo. Uma febre, gripe, uma mente cansada, um corpo exausto. Nada que a água gostosa e refrescante passando pelo corpo não fosse capaz de restaurar. Mas algo estava errado. Encostou a cabeça no azulejo, deixando a água cair por suas costas enquanto respirava fundo. O nó em seu coração causado pelo pesadelo ainda era presente e fixo ali no seu peito. Tornou a respirar mais e mais, para reorganizar seus pensamentos e fazer sua cabeça entender que aquele sonho não havia sido real.

Tudo estava bem. Repetia para si mesma.

Após o banho, vestiu sua roupa, penteou o cabelo que logo secaria com a brisa que passava e saiu do quarto. A casa estava vazia, mas era capaz de ouvir vozes na área externa próxima a varanda.

O dia estava bonito, apesar de pesado. O céu tinha poucas nuvens, o sol estava radiante mas com um calor agradável. Dia perfeito para reunir sua família num almoço, como agora naquele gramado verde. Uma mesa de piquenique com muitas travessas de comida caseira prontas para serem devoradas. Seu pai se deliciava com uma lata de cerveja e conversava de forma amigável com dona Joana. Keana e Sofia terminavam de preparar a mesa na ajuda de Nathan.

— Minha filha, já íamos te acordar. — Alejandro falou quando a mais velha se aproximou e deixou um beijo em seu rosto. — Que cara é essa? Você não dormiu bem?

Todos olharam para o rosto de Camila naquele instante, que de odiosa forma chorou por ser o centro de uma atenção que não queria.

— Na verdade essa noite foi puxada, não sei o que aconteceu pai. — se sentou. Keana lhe serviu um copo de suco de melancia. — Ainda tive um pesadelo que… olha, até me arrepia por lembrar.

— Sonhou com o que, Mila? — Keana sentou ao seu lado. — Poderia ter me acordado.

— Um sonho nada bom, Keana. Nada bom mesmo. — respirou fundo, de hidratando com o suco vermelho. — Até agora estou com um aperto no peito por conta disso, mas não se preocupe. Vou ficar bem.

The Farm At SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora