Capitulo 44

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Henrique Mendonça

Sexta feira, com certeza era para mim o melhor dia da semana, já que era o dia que eu costumava sair mais cedo. Era o dia que eu saia mais cedo, para aproveitar melhor a gandaia.

Acordei mais cedo do que costume, já que mal dormi, a imagem da Vitória sozinha na casa dela com Ricardo, me deixou aflito a noite toda, eu gostaria de ficar com ela, de sentir seu corpo.

Quando soube ontem pela manhã, que ela estava mal, meu coração só faltou sair pela boca, sabendo que ela poderia estar realmente mal e que eu não poderia fazer nada para ajudá-la.

Por isso fui até a casa dela, para ver se estava tudo bem e se poderia fazer alguma coisa por ela, mas quando cheguei lá, vi que ela estava muito bem, eu não transo com ninguém sem ser ela a semanas, e ela faz o que na primeira oportunidade? Vai lá transar com o ex.

Mesmo assim eu a queria na minha cama, me levantei, fui até o banheiro, tomei meu banho e me toquei pensando nela, naquele corpo, naquelas pernas torneadas e na sua boca quente.

Parecia uma porra de um adolescente, o que ela está fazendo comigo? Fui para o closet e vesti meu terno preto de três peças, coloquei um sapato social e sai.

Comprei uma cobertura aqui em Londres, depois que quase me mudei para Nova Iorque, tive uma briga feia com meu pai, por ele ter arrumado de acordo com ele "uma boa moça para casar".

Isso me deixou irado de raiva, tudo que eu tinha deixado para morar em Nova Iorque, peguei de volta, não seria tão fácil assim, criei laços aqui, nasci, fui criado e morei, minha vida toda em Londres.

Dirigi o caminho todo, pensando em como ela entrou na minha vida, desci do carro entregando a chave para o manobrista da empresa White, abotoei o último botão do meu paletó, assim que passei pela porta, recebi vários olhares, principalmente das mulheres.

- Vamos - falo para o meu irmão que estava sentado em uma poltrona, olhando para o celular.

- Por onde você esteve? - ele pergunta assim que as portas do elevador se fecham.

- Eu tenho um negócio, que muitos chamam de casa - debocho.

Arthur olha para o painel do elevador e ri.

- Odeio a irmã da minha cunhadinha - ele fala.

- Primeiro, ela não é sua cunhada, segundo, você a odeia porque ela não quer você - falo, ele cruza os braços e as portas do elevador se abrem.

- Só queria dormir com ela - ele fala.

Saímos do elevador, Lucca para na nossa frente cruzando os braços.

- Lá vem - falo.

- Elas estão juntas na sala de reunião dois - ele fala apontando para uma porta branca.

Arthur dá uma batidinha no ombro do Lucca, passamos por ele, andando em direção a porta, entramos sem nenhuma cerimônia.

Ana estava sozinha na sala, enquanto falava no celular, ela vira para nós mandando a gente esperar, ela estava com o cabelo solto, um vestido vermelho, colado ao corpo, que realçava seu corpo, que era parecido com o da irmã, ambas cuidavam do mesmo.

- Desculpe - ela fala.

- Aonde está sua irmã? - pergunto colocando as mãos no bolso da calça social.

- Exatamente aonde deveria estar senhor Mendonça - Vitória entra parecendo um furacão, ela passa por mim, andando até Ana, me dando uma bela visão do seu corpo.

Ela usava uma terninho azul, com um body de renda, que combinava com o terninho, cabelo solto, salto em um tom claro.

- Vai ter que começar a andar com um babador - meu irmão fala, na mesma hora eu lhe dou um tapa na cabeça.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora