Capitulo 61

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Vitória White

Depois de vomitar tudo que tinha em meu estômago, voltei para o carro, apertei o volante, tentando controlar as mãos que insistiam em tremer, um lado meu implorava para que Rafael acreditasse na minha mentira e outra parte rezava para que Henrique jamais descobrisse o que eu ousei falar.

Manobrei o carro, segui por onde tinha vindo, até voltar a estrada principal, segui pela contramão, aquela estrada não era exatamente movimentada, mas eu só queria encontrar as meninas para ter certeza que estão bem.

Encontrei dois Jeeps próximos, mas nada de nenhuma delas, o que me fez pensar que talvez estivessem no mesmo carro, se é que havia sobrado um carro.

Rodei um tempo de carro, até que encontrei as três, aparentemente intacta.

- ei gatinhas - falei abaixando o vidro.

- graças a Deus você está viva - Ana falou assim que eu puxei o freio de mão.

- na verdade estou viva graças a uma mentira - falei e Catarina fez uma careta.

- você vai explicar isso depois, agora temos que voltar para pista de corrida, tenho uma enorme vontade de matar o Bruno - Catarina falou.

- quem sabe começamos com uma tortura - Ana sugeriu.

- algo lento e sem pressa - Megan falou enquanto entrava na parte de trás do carro, junto com Ana, Catarina sentou no banco do passageiro ao meu lado.

O caminho de volta para o centro de Londres, foi estranhamente silencioso, todas nós ponderávamos sobre o que acabara de acontecer.

Henrique me ligou algumas vezes, mas eu deixei para a caixa de mensagem, não desgrudaria o olho da pista, nem que me pagassem.

Passei em casa, antes de voltar para a pista, não deixaria passar esse erro, com tudo que nós investimos nessa pista, ela é mais nossa do que do Bruno.

- vamos - falei para Catarina assim que descemos do carro.

Estacionei o carro de frente com a porta de vidro, Catarina desceu do carro tão rápido quanto eu, decidimos deixar Ana e Megan em casa, não queríamos que elas vissem o que faremos.

Não vou prever o futuro, mas também não vou planejar nada, vai ficar tudo agressivo demais.

- aonde está o Bruno? - Catarina perguntou para uma assistente, que encolheu o corpo logo que ouviu o tom sério.

- bem ali - a mulher falou apontando para uma sala.

Andamos até a sala, puxei a jaqueta preta, tentando esconder a arma preta, que se camuflava com a minha roupa.

Peguei uma arma reserva e entreguei a Catarina, apenas como medida de prevenção, qualquer coisa que venha a acontecer, temos duas pessoas armadas e com uma ótima mira.

Catarina entrou na sala primeiro, Bruno estava de costas com as mãos na cabeça, Catarina limpou a garganta e ele se virou com um sobressalto.

- vocês estão vivas - ele sussurrou, não me pareceu muito feliz.

- senta! - falei para ele assim que Catarina colocou uma cadeira no meio da sala.

A sala parecia um escritório, tinha uma mesa e três cadeiras, nada de janelas, nem quaisquer saída, andei até a porta e a tranquei.

- eu juro... eu não fiz nada - ele falou com a voz falhando.

Tirei a arma da cintura, a coloquei encima da mesa, Catarina sacou a arma, mas continuou a segurando na frente do corpo, o olhar do Bruno, foi da arma dela para mim.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora