Capitulo 27

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Henrique Mendonça

Tá certo, eu preciso parar de beber, pelo menos parar de beber igual um louco, senão serei considerado alcoólatra.

Depois que Vitória apareceu aqui eu percebi, o tamanho da falta que ela me faz, precisava dela, na minha casa, na minha vida, na minha cama.

Tudo bem que eu já tinha percebido que ela fazia falta, mas nunca assumi 100% para o meu subconsciente, minha mente transborda de memórias.

O dia que eu a conheci, só conseguia imaginar ela sem aquela saia, nunca passei necessidade em questão de sexo, sempre tive Daniele, ou qualquer outra.

- Tá precisando transar - Arthur fala assim que passa pela porta, voltando da casa da Vitória.

- Me encontro muito satisfeito, mas se fosse para transar com a Vitória, eu iria sem nem piscar - falo e ele ri.

- Ela te laçou direitinho - ele afirma e eu nego.

- E Ana deve ter feiro mesmo com você, que deu até uma de babá - afirmo e olho para Daniele que estava sentada na mesa de jantar, ela prestava atenção em tudo, parecia uma águia.

- Depois de foder tantas babás, resolvi entrar no personagem - ele fala e ri alto.

- Deve ser genética - Daniele fala, tentando entrar na conversa.

- Com certeza, mas Ana odeia Arthur, ela perdeu uma aposta grande por causa dele - afirmo.

- Vai se foder Henrique - ele fala e eu viro o copo do whisky enquanto me levanto.

- Porra, se eu for me foder é um caminho contrário a casa do papai - falo e ele arregala os olhos.

- Vamos apresentar nossa filha a eles? - Daniele pergunta e eu a olho com tédio.

- Definitivamente não - falo com os dentes cerrados, não quero que meus pais saibam ainda, serão várias perguntas e eu não tenho todas as respostas - você vem? - perguntei a Arthur e arrumei meu terno, como de costume na cor preta, acho que só tenho ternos dessa cor.

- Só um minuto - ele fala indo eu direção ao seu quarto.

Me jogo no sofá de novo, sabendo que o 1 minuto dele, serão dez.

Exatos 10 minutos depois...

Vejo Arthur saindo do quarto com um terno azul de três peças.

- Vamos - ele fala e eu me levanto arrumando o terno, pela décima vez.

Chegamos na casa dos meus pais em cerca de 45 minutos.

- Mãeeee - Arthur grita assim que passa pela porta.

- Pai? - grito enquanto esperamos no hall, coloquei a mão no bolso e olhei para o topo da escada e vi minha mãe descendo.

Com o cabelo loiro com fios grisalhos, e um vestido preto, perfeitamente alinhado.

As portas da biblioteca se abriram e meu pai saiu por ela, com o cabelo preto, também com alguns fios grisalhos, uma camisa preta de mangas e uma calça jeans preta.

- Meus meninos - minha mãe fala e me abraça, logo depois abraça Arthur que estava fazendo um bico ridículo.

Provavelmente porque a mamãe me abraçou primeiro.

- Filho - meu pai fala e me abraça.

Retribui o abraço dos mesmos e me afastei, afinal vínhamos conversar um pouco e almoçar.

- Vamos, o almoço está na mesa lá fora - minha mãe fala e segue na nossa frente.

Troco um olhar com o meu pai e ele ri de canto.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora