Vitória White
Estava na cozinha juntamente com Henrique, que falava ao celular, eu estava sentada na bancada de mármore enquanto ele estava no meio das minhas pernas, ele estava vestido e eu também, não sei se fico com raiva ou se agradeço.
O celular dele estava ao lado da minha coxa, suas mãos estavam na bancada de mármore, uma mão em cada lado do meu corpo.
Ele tinha acabado de pedir para falar com um policial, pelo oque eu entendi, houveram alguns problemas em uma das boates, dos Mendonça e ele estava tentando resolver.
Ele tirou o celular da bancada e colocou sobre a minha coxa, logo depois colocou uma mão na minha cintura, porque eu sempre arrepio quando ele toca em mim? Mas que diabos.
- Olá senhor Mendonça - o policial falou e a mão do Henrique apertou a minha cintura, me puxando mais para ele, deixando nossos corpos a quase um sopro de distância.
- Boa noite policial, qual a ocorrência? - ele fala olhando dentro dos meus olhos.
- Uma mulher loira, entrou na boate algumas horas atrás e começou a vender drogas - Henrique beija meu pescoço - em seu nome.
Quando o policial terminou de falar, Henrique se afastou bruscamente, quase me fazendo cair.
- Como assim em meu nome? - ele pergunta andando de um lado para o outro.
- Ela entrou falando que você que tinha dado às drogas a ela e que você tinha mandado ela vender o lote todo, a senhorita Daniele, pareceu verdadeira.
Quando o policial terminou de falar, Henrique cerrou os dentes e bateu forte na parede, me fazendo dar um pulo.
- Só voarei para Londres amanhã, enquanto eu não voltar, deixe ela presa - ele fala com os dentes cerrados.
- Ok -policial fala e logo desliga.
Eu ainda estava sentada na bancada e Henrique estava em um lugar da cozinha que o meu campo de visão não chegava, mas não me virei para olhar para o mesmo.
- Me desculpe - ele fala se aproximando e se reposicionando entre minhas pernas.
Passei um tempo só olhando para ele e sentindo sua mão na minha cintura, ele apertava de leve, como se estivesse preocupado com o que eu diria.
- Tudo bem - falei colocando a mão no pescoço dele.
Ele deu um suspiro baixo e beijou meu ombro. Eu não consigo ler ele, uma hora é arrogante, na outra bruto, depois carinhoso, safado. Definitivamente ainda não sei um adjetivo correspondente para ele.
Na hora que eu tentei descer da bancada, ele me segurou com mais força.
- Me dá um beijo? - falou
- Desde quando você pede alguma coisa? - na hora que eu sussurrei isso, lembrei de quando ele puxou o celular da minha mão.
- Por favor? - ele falou e eu estranhei completamente.
Passei um tempo tentando decifrar a expressão dele, mas não consegui.
Ana entrou na cozinha correndo, Henrique saiu de perto de mim tão rápido que eu achei mais fácil ele ser o flash do que o Batman.
- O que vocês estavam fazendo? - ela fala semi cerrando os olhos.
- Eu vim beber água e ficamos conversando - minto
- Cadê o Arthur? - Henrique fala ofegante, provavelmente pela rapidez que ele saiu de perto de mim.
- Está deitado no sofá, acordei com ele babando no meu ombro - Ana fala e faz cara de nojo.
Henrique e eu rimos alto.
- Você me paga Vitória - ela fala e aponta um dedo para mim.
- Sai daí minha filha eu ein - falo e ela ri.
Já era quase 4 horas da manhã.
- Eu ainda nem dormi, vou voltar para o sofá - falo e Henrique me encara.
- Vamos - ele fala e Ana franze a testa.
Fomos para o sofá eu me sentei e Ana deitou a cabeça no meu colo, e Henrique colocou a cabeça no meu ombro. Coisa estranha, será que daqui para frente ele vai ser tão carinhoso? Fiquei fazendo cafuné no cabelo de Ana e ela dormiu, Henrique ainda tava acordado.
- Você vai conseguir dormir? - falei.
Ele levantou a cabeça e passou as costas da mão na minha bochecha.
- Só preciso dormir 2 horas - ele falou e abaixou a cabeça, pousando no meu ombro novamente.
(...)
- Bom dia, belas adormecidas - falei me referindo aos Mendonça e a Ana.
Ambos dormimos no sofá e já era quase 8 da manhã, já tinha tomado meu banho e tinha escolhido uma saia preta justa ao meu corpo, uma blusa de seda também preta e um salto fino preto.
Eu gosto um pouco de preto. Tenho cabelo castanho escuro, que chega a um pouco mais da metade da minhas costas, tenho 1,63 de altura.
- Bom dia pra quem? - o Henrique grosso está de volta.
- Cala boca - Ana joga uma almofada em mim.
- Eu vou te demitir - falo em um tom sério.
- Eu também sou dona - ela fala rebatendo.
- De apenas 40% , se controle e vá se arrumar, voltaremos para Londres em uma hora. E você - aponto para Henrique que coloca uma mão na testa - você vai dirigir.
Henrique choraminga algo, mas voltei para a cozinha, aparentemente Arthur nem acordou quando eu falei, deixo para que o irmão o acorde.
1 hora depois e eu estava no carro com Henrique, esperando Ana e Arthur.
- Sobre ontem... - Henrique começa a falar e eu o corto.
- Tudo bem, eu sei que você estava bêbado - falo e ele me olha com cara de desacreditado- o que? Você estava realmente bêbado depois da brincadeira.
- Eu lembro de tudo Vitória, eu lembro de ir com você até a cozinha, de te sentar na bancada de mármore, lembro do seu gemido, por causa do contato, lembro de quando apertei a sua cintura e te puxei pra perto de mim, lembro de quando eu pedi um beijo e você não teve tempo de responder - ele fala e eu engoli em seco.
- Vou chamar eles - falo saindo do carro do ouvindo ele falar meu nome, mas resolvi ignorar.
Quando entro na casa, me deparo do Arthur, segurando o braço da Ana. Aí caralho. Tomara que ela perca a aposta, eles passam um tempo se encarando e quando Arthur ia se aproximar.. ela faz o inesperado, deu lhe um tapa na cara. Coloquei a mão na boca, para segurar o riso e voltei para o carro rindo horrores.
- Aí caralho - falo alto vendo Ana aparecer do lado de fora da casa.
- O que? - Henrique fala.
- Não posso contar - falei entre uma gargalhada.
- Me conta por favor - ele fala com os olhos de cachorro abandonado.
- Ana bateu no seu irmão - ri alto - foi um belo tapa, acho que ficou a marca dos dedos dela na cara dele.
- Mentira!? - ele fala colocando a mão na boca sufocando uma risada, quando ambos entram no carro.
- O que? - Arthur pergunta, eu e Henrique falamos ao mesmo tempo.
- Nada não.
Passamos por uma viagem de quase uma hora e 45 minutos.
- Vão para casa? - Arthur pergunta.
- Não, vamos para as indústrias Mendonça - falo convicta.
- O que? - Henrique fala - não posso aparecer na empresa desse jeito - ele fala e aponta para o terno de ontem.
- Tudo bem, vamos para sua casa - falo e ele concorda.
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Acaso perigoso - livro 1 da série: Os Mendonça
Romansa"O amor surge de onde menos se espera" Vitória White com 25 anos, entra de cabeça em uma vida corrida, precisa fechar um contrato com um importante CEO de Londres, ao finalmente conseguir o que tanto deseja, o CEO responsável pelo contrato, se apo...