Vitória White
Aquela "rapidinha" citada por Henrique aconteceu horas depois, mas com Ricardo, foi algo causal, o acordo era um dia, mas acabou que estamos curtindo o tempo.
Pelo menos pelo o que eu entendi, não falei direito com Ana nem com as meninas, só avisei que estava tudo bem e que elas não precisavam se preocupar, as palavras de Daniele ecoavam em minha mente "você não dorme e só bebe".
O que o deixaria assim? E porque ele está deixando se abalar? Tudo bem que um filho não é pouca coisa não.
- Consigo ouvir o martelar dos seus pensamentos - Ricardo fala em um tom brincalhão.
- Desculpe - falo e ele me olha por alguns segundos.
Realmente não sei o que está acontecendo entre a gente, mas não posso negar que gosto.
- Não se desculpe - ele fala e coloca a mão na minha coxa, apertando.
Passamos alguns minutos em um silêncio intenso até que ele o quebrou.
- Vamos para uma casa minha, lá tem algumas pessoas que eu já pedi para sair, mas não aceitaram, eles não são as melhores pessoas, se for necessário... atire para matar - ele fala.
- E o que faremos? - pergunto receosa.
- Você? - ele pergunta e eu confirmo com a cabeça - você não precisa fazer nada, só quero que fique ao meu lado.
Ele fala de uma forma estranhamente carinhosa.
- Não vou atirar em ninguém em hipótese nenhuma - falo.
- Tudo bem, então, só preciso que você mostre a arma - ele fala e para o carro quando chegamos ao destino final.
Antes de descermos do carro, ambos pegamos as armas e olhamos se estavam realmente carregadas, a minha arma de sempre, era prata, mas hoje eu usava uma preta, que não tinha tanta graça igual a minha.
Ele desceu e entrou na casa, logo depois eu desci e me encostei no capô, esperando por um momento.
Olhei para o seu e naquela noite em especial não tinham estrelas no céu.
- Vitória? - um senhor de idade pergunta.
- sim? - respondi e vejo que ele parecia bêbado.
Antes mesmo que ele respondesse, ele desmaiou, ainda segurando a arma, tentei segurá-lo para que ele não batesse com a cabeça.
Uma mulher também de idade andou até mim e segurou o homem, que parecia ser o seu marido, ela não dirigiu uma palavra sequer para mim, mas me olhava com desprezo.
- Vamos Vitória - Ricardo fala enquanto entra no carro.
Entrei no carro e encarei Ricardo que me olhava sério.
- Nunca mais participarei disso - falo e guardo a arma.
Não sabia exatamente o que Ricardo foi fazer naquela casa, mas eu não participaria daquilo outra vez.
Ricardo me trouxe e eu desci do carro sem dizer uma palavra sequer.
- Anaaaaa - falei puxado enquanto entrava no meu apartamento.
- Vitóriaaaaa - ela gritou do quarto e eu não pude deixar de rir.
Caminhei até o quarto da mesma e a encontrei deitada apenas com a cabeça sem estar coberta.
- Quem é vivo sempre aparece - ela fala e estica os braços me chamando para um abraço.
Tirei o salto, subi na cama e a abracei, fiquei um tempo ali pousando a cabeça em seu ombro até que ela começou a falar feito uma matraca doida.
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Acaso perigoso - livro 1 da série: Os Mendonça
Romance"O amor surge de onde menos se espera" Vitória White com 25 anos, entra de cabeça em uma vida corrida, precisa fechar um contrato com um importante CEO de Londres, ao finalmente conseguir o que tanto deseja, o CEO responsável pelo contrato, se apo...