Acaso perigoso - livro 1 da série: Os Mendonça

Capitulo 66

Henrique Mendonça

Vitória estava estranha, isso estava mais que na cara, achei que ela soubesse que eu falei com meu amigo da polícia, mas ela não pareceu saber.

Passamos o dia na cama, até Vitória falar que estava com desejo de comer hambúrguer com carne de toscana e frango, aonde eu vou conseguir isso? Boa pergunta, mas Vitória falou que Aurora ia nascer com cara de frango e Oliver com cara de linguiça.

A solução foi sair para comprar, ou ao menos tentar, Vitória falou sobre um lugar, ao norte de Londres, não sei se estar aberto, só sei que tenho uma hora, até o começo do baile, e a minha mãe vai me matar se eu me atrasar.

Não encontrei o lugar que Vitória disse, bom... não sei se é o mesmo, mas esse lugar com a fachada vermelha e preta, me pareceu agradável, comprei dois hambúrgueres de toscana, com duas batatas grande, não comprei refrigerante porque Vitória não gosta.

Quando eu voltei para casa, casa é tão estranho falar isso, mas mesmo com tudo, eu me sinto completamente em casa, até mais aqui, do que na minha própria casa, Vitória estava com um vestido prateado, o cabelo preso em um coque e um batom vermelho.

- graças a Deus - ela falou pegando as sacolas da minha mão, ela nem tirou o adesivo, só rasgou a sacola, soltei um assobio baixo.

- lembre-se de mastigar - falei, Vitória me mostrou o dedo do meio.

- você acertou em cheio - ela falou engolindo.

Me aproximei lambendo o resto do molho em sua boca, Vitória sorriu e me deu um selinho demorado.

- delicioso - falei enquanto Vitória mordia uma batatinha frita.

- vai se vestir, eu cuido de tudo por aqui - a segurei pela nuca, enquanto nossos corpos mãe colocaram.

Beijei Vitória sentindo o gosto da toscana, Vitória sorriu colocando a mão no meu peito.

- vai logo - ela sussurrou antes de morder o meu lábio inferior.

Subi as escadas tranquilamente, pensando que já está tudo bem, desejando na verdade, que fique tudo bem, escolhi o terno preto, com uma gravata borboleta, passei um gel no cabelo e na barba, depois coloquei o relógio prata que Vitória tinha escolhido é um perfume.

Vitória entrou no quarto enquanto eu me olhava no espelho, ela calçou o salto, retocou o batom vermelho, e me deu o braço.

(...)

Estou decidido a declarar para o mundo, o meu amor por essa mulher maravilhosa, ela merece o mundo, decidi isso a algum tempo, mas ouvir ela cantar "talking to the moon" do Bruno Mars, completou todas as lacunas que estavam abertas.

- pronta? - perguntei quando senti que Vitória travou olhando para as escadas.

- sempre - ela forçou um sorriso.

- ei meu bem - falei acariciando suas costas nuas - estou com você, hoje e para sempre.

Essa foi uma promessa que eu nunca vou descumprir, não só por ela, não só pelo nosso amor, mas pela nossa família.

- hoje e para sempre - ela repetiu também prometendo.

Subimos a grande escadaria, na porta encontramos com o Matheo, que estava fumando, ele apagou o cigarro sorrindo.

- achei que você tivesse parado - falei me referindo ao cigarro, ele soltou a última lufada de fumaça branca.

- eu parei - ele falou sorrindo para Vitória.

- você tem que parar Mat, câncer de pulmão mata mais do que câncer de próstata.

- é por isso que eu gosto dela - ele falou apontando para Vitória.