Capitulo 37

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Vitória White

2 dias depois...

Cheguei na empresa já eram quase 9 da manhã de uma segunda feira, odeio segundas, me adaptei e aprendi a conviver, não significa que eu gosto.

Será que existe algum maluco fã das segundas, quando eu era pequena assistia Garfield, bom, hoje em dia me sinto parecida com ele, minha comida favorita é lasanha, odeio segundas e assim vai.

- Bom dia Lucca - falo, enquanto percebo que ele está me seguindo até a minha sala.

- Bom dia chefinha - ele diz enquanto entramos na sala.

- Alguma novidade para hoje? - pergunto.

- Nada de muito importante, afinal é segunda - ele fala.

Bom, como não gosto de segundas, não março nada para elas, costumo atualizar algumas coisas pendentes e apenas isso.

Segunda feira não é exatamente o meu melhor dia da semana, as coisas quase sempre nunca dão certo nas segundas, pelo menos para mim, e sobre a lasanha, se eu pudesse comeria todo dia, mas aí Lua me mataria.

(...)

- Lucca - o chamo pelo telefone da minha mesa.

Segundos depois ele bate na porta, entra na sala e para bem em frente a minha mesa, segurando o tablet contra o peito.

- Sim? - ele pergunta.

- Quando der a hora do almoço, me diga - falo.

- Mas já são 7 da noite- ele fala, arregalo um pouco os olhos, olhei para o pulso procurando o típico relógio, mas não o encontrei.

- Eu estou com dor de cabeça, hoje é segunda feira, e eu passei o dia sem comer.

Ele assente com a cabeça, o olho com tédio e ele sai correndo pela porta, minutos depois volta.

- Aqui chefinha - ele diz - suco de laranja, café, e um pão doce.

A sacola com o símbolo da minha cafeteria favorita, me deixa até mais leve.

- Obrigada, e não me interrompa para nada - falo e ele sai.

Assim que escuto o barulho da porta se fechando, avanço na comida, estava morta de fome, geralmente mantenho minhas refeições da maneira correta, mas hoje, me afundei em uma pilha de papéis do departamento jurídico.

Ouvi meu telefone da mesa tocar, enquanto estava em pé olhando a bela vista que o meu escritório, no último andar tinha sobre Londres.

Olho para a porta quando a mesma se abre rapidamente.

- Mas que porra? - pergunto vendo, Henrique e Lucca ofegantes na frente da minha mesa.

- Você pediu para não ser interrompida - Lucca fala tentando recuperar o fôlego e eu falo que sim, colocando a mão no bolso da calça jeans que eu usava.

Meu bom e velho jeans, sempre me salvando, estava com o cabelo preso em um coque, calça jean clara, camisa branca de alças, no pé um tênis branco.

- Mas ele falou que era vida ou morte, e saiu entrando- suspirei quando Lucca termina de falar, já estava com dor de cabeça, agora essa, coloquei uma mão na testa e Lucca saiu da sala, fechando a porta.

Henrique me olha por um tempo, tentando ler a Vitória que usa jeans, mas pela minha mandíbula travada, acho que ele não vai conseguir, caminho até a frente da mesa e me apoio nela.

Falei que ligaria depois daquela grande noite, mas não liguei, muita coisa aconteceu e eu acabei esquecendo.

- O que você quer? - pergunto enquanto massageio a têmpora esquerda, pedindo a Deus para que essa segunda acabe logo.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora