Capitulo 62

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Vitória White

Olha... eu acho que se eu estivesse em um desenho animado, meu rosto estaria vermelho e fumaça sairia pelos meus ouvidos.

Andei até o carro em passos rápidos e firmes, peguei a toro que estava no estacionamento, pedi a Catarina para dirigir, afinal de contas, depois de tudo que aconteceu hoje, eu jamais conseguiria dirigir 100%.

- porque eu vou dirigir o seu carro favorito? - Catarina perguntou.

- porque eu não aguento mais dirigir, fora que os Mendonça resolveram dançar sem roupa, porque Gabriel precisa de dinheiro, mas ele é bilionário porra!

Catarina não falou mais nada, com toda certeza, ela percebeu o estresse emanando de mim, tenho certeza que está irradiando de mim.

O caminho até a casa noturna que o Gabriel comprou, foi tranquilo, Ana ligou falando que queria fazer uma espécie de jantar em família, espero que isso não inclua os meninos, não temos um momento sem eles.

- fica aqui, eu volto rápido - falei assim que desci do carro.

Digamos que para um carro que eu tenho um verdadeiro amor, eu meio que bati a porta com muita força, a toro não tem uma porta leve, se fosse em outro momento, tenho certeza que teria me estressado com quem quer que tivesse batido a minha porta.

Passei por um segurança na porta, passei na frente de dezenas de mulheres, que gritaram em reprovação, mas eu não tenho tempo para briguinhas.

O segurança da recepção tentou me barrar, mas eu falei que era a noiva do Henrique, vi o corpo do enorme segurança estremecer, ele indicou a direção, passei por uma cortina pesada de veludo, assim que entrei no salão.

Percebi um grande balcão, onde cinco homens estavam tirando a camisa, era como se fosse uma ilha, os homens encima do balcão dançando e os garçons e o barman, ficavam na parte de dentro.

Não reconheci um homem que tinha o cabelo no tom castanho claro, abdômen com tatuagens, que iam até os braços, Henrique estava terminando de tirar a camisa.

Gabriel, Júlio e Arthur, já estavam sem as respectivas camisas, em outra ocasião, estaria bebendo e babando.

Uma mulher loira, esticou a mão para colocar dinheiro na cintura da calça que o Henrique usava, ele colocou as mãos na cabeça e continuou mexendo o quadril, tentei não sentir tanto ciúme, mas sim aproveitar a situação.

Haviam algumas mulheres que dançavam em um pequeno palco, também com pouca roupa, mas tudo coberto.

As cores do lugar oscilavam de rosa para azul, a maior parte do público era composto por mulheres, minha calma saiu do meu corpo, assim que Gabriel tirou o cinto e começou a desabotoar a calça.

- só de cueca não - sussurrei.

Uma mulher jogou um óculos escuro para Júlio, ele começou a dançar desengonçado, mas depois pegou o jeito de um jeito sexy, acho que ele é o que tem o corpo mais definido.

As mulheres jogavam dinheiro para os Mendonça, os homens ao redor pareciam entretidos em qualquer outra coisa.

Olhando ao redor encontrei com Edir, franzi a testa, ele não deve ter me visto, mas uma mulher chegou até ele, observei de longe, afinal eu não a conhecia.

Enquanto observava, nem me dei conta quando a música acabou, senti um corpo que emanava calor atrás do meu, soube que era Henrique, o cheiro do perfume amadeirado chegou até mim, ele estava muito soado, sorri.

- pensando em me trocar? - ele falou se aproximando.

- quem sabe uma companhia temporária - falei encostando as costas no peitoral quente do Henrique.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora