Vitória White
Olha... eu acho que se eu estivesse em um desenho animado, meu rosto estaria vermelho e fumaça sairia pelos meus ouvidos.
Andei até o carro em passos rápidos e firmes, peguei a toro que estava no estacionamento, pedi a Catarina para dirigir, afinal de contas, depois de tudo que aconteceu hoje, eu jamais conseguiria dirigir 100%.
- porque eu vou dirigir o seu carro favorito? - Catarina perguntou.
- porque eu não aguento mais dirigir, fora que os Mendonça resolveram dançar sem roupa, porque Gabriel precisa de dinheiro, mas ele é bilionário porra!
Catarina não falou mais nada, com toda certeza, ela percebeu o estresse emanando de mim, tenho certeza que está irradiando de mim.
O caminho até a casa noturna que o Gabriel comprou, foi tranquilo, Ana ligou falando que queria fazer uma espécie de jantar em família, espero que isso não inclua os meninos, não temos um momento sem eles.
- fica aqui, eu volto rápido - falei assim que desci do carro.
Digamos que para um carro que eu tenho um verdadeiro amor, eu meio que bati a porta com muita força, a toro não tem uma porta leve, se fosse em outro momento, tenho certeza que teria me estressado com quem quer que tivesse batido a minha porta.
Passei por um segurança na porta, passei na frente de dezenas de mulheres, que gritaram em reprovação, mas eu não tenho tempo para briguinhas.
O segurança da recepção tentou me barrar, mas eu falei que era a noiva do Henrique, vi o corpo do enorme segurança estremecer, ele indicou a direção, passei por uma cortina pesada de veludo, assim que entrei no salão.
Percebi um grande balcão, onde cinco homens estavam tirando a camisa, era como se fosse uma ilha, os homens encima do balcão dançando e os garçons e o barman, ficavam na parte de dentro.
Não reconheci um homem que tinha o cabelo no tom castanho claro, abdômen com tatuagens, que iam até os braços, Henrique estava terminando de tirar a camisa.
Gabriel, Júlio e Arthur, já estavam sem as respectivas camisas, em outra ocasião, estaria bebendo e babando.
Uma mulher loira, esticou a mão para colocar dinheiro na cintura da calça que o Henrique usava, ele colocou as mãos na cabeça e continuou mexendo o quadril, tentei não sentir tanto ciúme, mas sim aproveitar a situação.
Haviam algumas mulheres que dançavam em um pequeno palco, também com pouca roupa, mas tudo coberto.
As cores do lugar oscilavam de rosa para azul, a maior parte do público era composto por mulheres, minha calma saiu do meu corpo, assim que Gabriel tirou o cinto e começou a desabotoar a calça.
- só de cueca não - sussurrei.
Uma mulher jogou um óculos escuro para Júlio, ele começou a dançar desengonçado, mas depois pegou o jeito de um jeito sexy, acho que ele é o que tem o corpo mais definido.
As mulheres jogavam dinheiro para os Mendonça, os homens ao redor pareciam entretidos em qualquer outra coisa.
Olhando ao redor encontrei com Edir, franzi a testa, ele não deve ter me visto, mas uma mulher chegou até ele, observei de longe, afinal eu não a conhecia.
Enquanto observava, nem me dei conta quando a música acabou, senti um corpo que emanava calor atrás do meu, soube que era Henrique, o cheiro do perfume amadeirado chegou até mim, ele estava muito soado, sorri.
- pensando em me trocar? - ele falou se aproximando.
- quem sabe uma companhia temporária - falei encostando as costas no peitoral quente do Henrique.
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Acaso perigoso - livro 1 da série: Os Mendonça
Romance"O amor surge de onde menos se espera" Vitória White com 25 anos, entra de cabeça em uma vida corrida, precisa fechar um contrato com um importante CEO de Londres, ao finalmente conseguir o que tanto deseja, o CEO responsável pelo contrato, se apo...