Estou deitada na minha cama encarando o teto e isso já faz algum tempo.
Depois de tudo que a danny disse a mim eu pedi um tempo para pensar e sai praticamente correndo de lá. Não sei como ceguei em casa,ou melhor, como cheguei viva até aqui. Quando sai de lá eu nem prestei atenção no caminho,só andei,como um robô no modo automático.
Quando entrei em casa meus avós estavam na sala e tive a leve impressão de que me disseram algo,mas ignorei e segui direto para meu quarto. Não quero falar com ninguém agora, principalmente com eles.
Eles sabiam de tudo isso e nem contaram.
Não estou com raiva deles.chateada?sim,eu merecia saber. Já moro aqui há meses e oportunidade não faltou para isso.
São tantas coisas para processar,pensar e entender,meus pensamentos estão embaraçados e confusos. Isso me frustra e me sufoca,queria poder gritar com todo ar dos meus pulmões até que não haja mais voz,mas não posso. Se eu gritasse aqui e agora,teria de dar satisfações.
E eu não quero falar com ninguém por agora.
Sempre quando estou com os sentimentos a flor da pele,como raiva,tristeza,confusão entre outros,eu me isolo para me acalmar e agir com coerência depois. Houve uma vez em que acabei brigando feio com minha mãe,porque estava nervosa e ela insistiu tanto para conversar que acabei falando coisas que não queria.
●1h depois●
Bastava de ficar deitada na minha cama quando isso não estava me ajudando. Peguei um casaco qualquer e sai escada baixo em direção a saída e já estava passando pela porta quando ouvi meus avós me chamando,Mas não parei e sai sem dizer nada.
Pode parecer mal educado e feio,porém como já havia dito,preciso ficar isolada por um tempo para pensar.
E nada melhor dar uma voltinha pela casa da mãe natureza.
O ar fresco entrava prazerozamente pelos meus pulmões e trazia com sigo o cheiro de terra úmida.Os únicos sons presente era das folhas sendo movimentadas pela brisa suave e meus passos,que vez ou outra quebrabava algum pequeno galho seco no chão.
Não encontrei nenhuma trilha por aqui,mas continuei seguindo,afinal não tinha como me perder e humildemente falando tenho um ótimo senso de direção. É difícil aceitar que minha mãe escondeu algo tão grande assim de mim,olhando pelo lado dela,foi necessário. Só que ainda assim me magoa,como a mesma dizia eu sempre fui madura demais para minha idade,Eu a entenderia e manteria segredo.
Soltei um suspiro pesado e me escorei em uma das árvores ali.Decidi alguns minutos atrás que voltarei na danny e pedirei as cartas que minha mãe mandava para ela,as lembranças que foram apagadas e principalmente um forma de libertar a magia que ela diz que há em mim.
Me parece legal e também assustador me imaginar fazendo mágica por aí,mas com essa situação de ter sido atacada e correr perigo,vai ser bom ter como me defender. Não quero ser uma garotinha indefesa que precisa de um príncipe encantado-ou os mc'colyn- para me proteger.
Quero eu mesma enfrentar meus próprios perigos.
Meus pensamentos foram interrompidos com um..rosnado vindo do meu lado.
Me virei assustada tendo a visão de um enorme lobo cinza a menos de dois metros de mim. Esse não era o tamanho de um lobo normal,nem de longe era,eu sabia porque já vi um.
Fui recuando de forma cautelosa e estava dando certo já que ele continuou lá parado apenas me encarando,Mas no específico momento que senti uma movimentação atrás de mim,o lobo assumiu um feição raivosa. Parecia pronto para o ataque. Receosa virei meu rosto para o lado e dei de cara com o mc'colyn mais jovem,parcy.
Provavelmente ele é quem deveria estar me vigiando no momento..
Parcy:
-iai,como vai garoto lobo?- ele disse ficando ao meu lado- sugiro que nos deixe ir embora ou terá problemas,e...olhando para sua car..quer dizer,sua fuça não acho que é o que quer.O lobo rosnou mais uma vez e deu um passo em nossa direção.
O fato de parcy estar aqui não anula o meu medo,não querendo ofender,e aquela coisa é enorme e conserteza não está nada contente.
Parcy:
-já vamos embora,não precisa disso tudo lobinho..- mais um rosnado.- acho que não está ajudando parcy..-sussurei sabendo que ele ouviria.
Parcy:
-é eu sei,péssimo momento para meu humor incompreendido-ele se aproximou e segurou em meu braço-É o seguinte chapeuzinho, quando eu disser no três voc...Ele não terminou e o lobo pulou em sua direção.Caí porque ele estava me segurando nesse momento e só não soltei um grito de surpresa porque fiquei levemente atordoada.
Deveria correr,gritar ou sei lá..Mas continuei ali..sentada.
Em alguns segundo eles engataram uma briga,teve até um soco da parte do parcy e mordidas do lobo.
Parcy:
-Se eu pegar raiva eu juro que peço demissão-resmungou.Eles ficaram ali se atracando e eu apenas observei,afinal,não posso fazer nada.
Parcy:
-quer saber?cansei!A brincadeira tá legal,Mas a hora do chá tá chegando e eu tenho que ir.-dito isso ele empurrou o lobo que foi bateu contra atravessou duas árvores antes de cair apagado.- Ai meu deus!ele morreu?
Parcy:
-nhe.. Não..talvez um osso quebrados,mas nada demais-ele disse enquanto limpava a poeira da sua roupa.Eu já estava pronta para ir embora e deixar isso apenas como mais uma das memórias esquisitas na minha vida,quando o lobo começou a se contorcer e aos poucos tomando uma forma humana.
Antes que eu dissesse que isso não podia ficar mais estranho,meus olhos se arregalaram e o nome já havia deixado meus lábios.
-lucas?!
●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●
Oii,era para ter postado este capítulo no domingo,mas acidentalmente acabei apagando ele😅(🤦♀️)sorry..Espero que gostem,essa semana tem mais❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
A PROMETIDA
RomancePouco depois de perder seus pais em um acidente de carro pelo qual se culpa,Anne wills se muda para Abigdon na Virgínia.Onde a única familia(além de seu irmão mais novo) que lhe restou está,seus avós... aparentemente a cidade era como todas as outra...