Capítulo 24

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Betty

Após minutos paralisada na cadeira do pop's, ainda anestesiada com tudo que aconteceu, eu finalmente sai dali e cheguei na casa da meus pais. Com o carro estacionado em frente a casa, encosto minha testa no volante tentando me recompor, minhas mãos continuam trêmulas e continuo a chorar como nunca havia chorando antes.

Eu sabia que Jughead iria reagir mal, mas não fazia ideia que seria daquela forma. Ele gritou comigo diante de várias pessoas e não se importou com isso.

Jughead não é mais o mesmo Jughead de anos atrás, ele agora e explosivo e mesmo não sendo a primeira vez ao vê-lo assim, foi mais que uma surpresa para mim.

Entro em casa e logo meu pai já está ao meu lado me perguntando como foi, tudo que eu consegui fazer foi fazer uma sinal de negação com a cabeça e me por a chorar, fazendo ele me abraçar.

- Vai ficar tudo bem, querida. - Ele fala enquanto me abraça forte.

- Eu não posso perdê-la. - Digo chorona.

Quando finalmente consegui me recompor, contei tudo para meus pais, sim minha mãe já estava sabendo, ela com certeza pressionou bastante o meu pai a dizer onde eu tinha ido, contei a eles exatamente como Jughead reagiu. Minha mãe logo se manifestou, dizendo que não ia deixar "um Jones" destruir a minha vida assim, não entendi exatamente o porque dela se referir ao Jughead assim com tanta frieza.

Nem mesmo saber que ela nunca gostou da minha relação com Jughead, me fez entender toda sua raiva nesse momento.

- Eu preciso ir para casa, quero ficar uma pouco sozinha. Posso levar seu carro pai?

- Claro, tudo que tenho para resolver será feito de casa mesmo.

- Obrigada.

- Não quer ficar para jantar conosco? Pode até passar a noite aqui se quiser. - Minha mãe diz.

- Não mãe, eu prefiro ir para casa.

- Tudo bem, mas não se preocupe, nós vamos dar um jeito nisso, vai ficar tudo bem. - Ela diz e me abraça.

- Eu espero que sim, mãe.

Chamei por Louise que veio do andar de cima até mim passando seus bracinhos em volta do meu quadril, pressionei seu corpo na lateral do meu na intenção de tê-la o mais perto possível. Eu não consigo imaginar a minha vida sem esse ser humaninho, não mesmo.

Sai da casa dos meus com minha filha, ela me olhava a todo instante, como se quisesse fazer um milhão de perguntas.

Ela está no banco do passageiro ao meu lado, com cinto de segurança, já que não tem cadeirinha no carro de meu pai.

Olho para ela que me encara nesse momento. Ela é tão pequena, mal poderia entender tudo isso.

  - O que foi filha, esta tudo bem?

  - Não. - Ela responde com a voz manhosa.

  - Porque não? O que houve?

  - Você esta triste desde que chegou na casa da vovó. - Ela dá uma pausa. - Quem é Jughead? É por causa dele que você está assim?

  - O que? Você... Louise, o que eu já falei sobre ouvir conversa de adulto?

  - Desculpa mamãe, eu estava indo para ver você. Prometo que não ouvi muito e voltei para o quarto.

  - Tudo bem. - Tento quebrar o assunto.

  - Porque ele te deixa triste? Ele é mal?

  - Não meu amor, ele não é mal. A mamãe mentiu para ele e agora ele está chateado com a mamãe, só isso.

𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 Onde histórias criam vida. Descubra agora