Jughead
Após a inesperada conversa com Betty e o fato dela me contar sobre como se sente em relação a mim e a seus sentimentos, eu confesso que fiquei surpreso. Eu sempre achei que seria meio impossível ela não sentir nada por mim mesmo depois de tanto tempo, por isso fiquei muito feliz em saber que nossos sentimentos são mútuos.
Sentir o calor do corpo dela junto ao meu é a única coisa que me faz se sentir vivo, como se uma eletricidade tomasse conta de mim, Betty é a única mulher que me causa isso, a única.
Ainda estou meio desacreditado que transamos na sala, no sofá e no meio da adrenalina em pensar que nossa filha poderia acordar, descer a escada e nos flagrar em um momento íntimo como esse, seria algo demais para uma criança. Mas, não posso negar que toda essa adrenalina tornou tudo ainda melhor do que poderia ser.
- Você quer alguma coisa? - Betty pergunta sentada entre minhas pernas com as costas apioada em meu peitoral.
- Ah não, estou bem, obrigada.
- Tá, eu vou pegar uma água.
Ela se levanta e vai em direção a cozinha. Meu celular toca sobre a mesinha que há na sala, Betty para ao lado do mesmo o olhando.
- É um número desconhecido. - Ela diz me fazendo ir até ela.
- Não vou atender. - Digo rejeitando a ligação.
Segundos depois o celular volta a tocar e nós nos olhamos por um momento.
Quem diabos poderia ser?
As pessoas que poderiam me ligar tem o meu número assim como eu tenho o deles, não há quem possa insistir tanto em me ligar, ainda mais de um número desconhecido.- Atende, pode ser importante. - Ela diz finalmente chegando na cozinha.
Pego o celular hesitante em atender.
- Alô? - Digo.
- Oi meu bem, achei que não fosse me atender.
- Susan? - Digo após reconhecer a voz. Betty me olha com os olhos arregalados.
- Oi juggzinho. Que bom saber que não esqueceu minha voz, amor.
- O que dia os você quer, Susan? Aliás, como conseguiu meu número?
- Não é tão difícil conseguir o telefone de um cara que trabalha em uma das lojas mais renomeadas da cidade, querido.
- Claro. E eu posso saber qual o motivo do desprazer de sua ligação e a essa hora ainda?
Eu solto o celular sobre a bancada após colocar a chamada no viva voz, me apoio a bancada frustado por ter que permanecer nessa chamada para saber o que Susan quer.
Betty está a minha frente, com um copo de água na mão e me olhando com um olhar que eu não sou capaz de decifrar.- Bom, você não tem nada para me contar? Tipo "eu tenho uma filha" ou "eu estou com a vadia que me escondeu ela por anos?" - Ela diz satisfeita.
- Como sabe da minha filha?
- Notícias se espalham Jughead, pena que só as ruins se espalham tão rapidamente, tipo a que você voltou igual um cachorrinho para os braços da Cooper foi bem rápida a se espalhar.
- Como assim "notícias ruins?". Está louca? - Digo já irritado. - Onde quer chegar com tudo isso, Susan?
- Jura que não sabe? Jughead, a sua felicidade é o meu desprazer. Eu não voltei até aqui para dar uma festinha de reconciliação, voltei para acabar com qualquer vestígio de felicidade nessa sua vidinha de merda.
- Não ousa se aproximar de minha filha ou até mesmo da Betty, entendeu? Não vou permitir que destrua a minha vida outra vez, não mesmo.
- Acha que eu me importo? - Ela fica em silêncio. - Eu te amava Jughead, te amava muito e você me trocou por essa vadia desgraçada. Você não quis ficar comigo, não vou deixar que fique com ela, não vou.
- Você não tem que deixar merda nenhuma entendeu? Eu não amo você, você destruiu minha vida em todos os sentidos, me fazia se sentir fraco e incapaz, me fazia de capacho, mas isso acabou.
- Não acabou porra nenhuma, Jughead. Você devia estar aqui, comigo. Nós devíamos ter formado uma família linda, eu e você.
- Susan...
- Eu não vou deixar você ser feliz, não vou deixar você ter o prazer de ser pai de um filho que não seja o meu. Eu vou acabar com você, com a Betty e com qualquer um que entrar no meu caminho.
E então a ligação caiu.
Eu fiquei tão atordoado com tudo isso que mal percebi Betty aos prantos bem na minha frente. Ela chora de uma forma que eu nunca pensei vê-la chorar em toda a minha vida.
Eu dou a volta no balcão e abraço ela que enterra o rosto no meu pescoço chorando ainda mais. Seu corpo está apertado contra o meu, na intenção de mostrá-la que vai ficar tudo bem e que eu estou aqui com ela.
- Jughead, se ela fizer alguma coisa com a Louise eu...
- Ei, ela não vai fazer nada com ninguém, tá legal? Nem com você e nem com a nossos filha. - Digo tentando tranquilizá-la.
- Mas e você, Jughead? Eu me procuro com o que ela possa fazer com você também.
- Ela não vai fazer nada comigo, tá? Vai ficar tudo bem. A gente só precisa tomar cuidado ao sair ou coisa assim, ela pode ir no nosso ponto mais fraco a...
- Lousie. - Dizemos em unissono.
- Isso. - Abraço ela novamente. - Eu prometo não deixar nada acontecer com vocês duas, antes eu do que vocês.
- Porra, não fala assim. Até parece que vai se sacrificar ou sei lá o que.
- Eu faria, se preciso eu me sacrificaria por vocês.
- Eu não mereço sei sacrifício, Jughead. Não sei como pode ser tão amável comigo depois do que eu te fiz.
- Isso é passado, Betty. A gente tá bem agora não é? - Ela assente. - Então porque fica falando isso?
- Eu só não quero que você fique mal por minha causa outra vez.
- Eu não vou. - Seguro seu rosto entre minhas mãos. - Eu me sinto feliz como não estive em muito tempo e isso é por sua causa. Eu sou feliz por ter você aqui comigo e eu te... - Eu travo.
- O que Juggie? - Ela pergunta com os olhos brilhando. - Fala.
- Eu te protejo de qualquer coisa sem ter que pensar duas vezes antes, tá bem?
- Tá bem. - Ela diz voltando a me abraçar.
Eu nem vou falar nada sobre ela volta da garota mal amada kk
Sinceramente? Ela não brinca em vingança 😶Votem e comentem
😊
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𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝
Romance𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂: 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 • I will not lose you / Bughead •'bem vindos e boa leitura'• • sem indicação de idade, mas vale dizer que há hot e linguagem nada formal. Cabe a você ler ou não, mas espero que leia. •' | s i n o p s e | '• Ver seus...