Jughead
Os dias aqui em Los Angeles tem sido desestressantes, tenho ocupado minha mente com outras coisas que não seja trabalho. Reggie acertou em cheio quando praticamente me arrastou até aqui, quando penso que eu poderia estar em casa trabalhando me bate um desânimo imediatamente.
Na nossa saída do dia, Reggie resolveu mais uma vez ir até o parque para jogar vôlei, mesmo perdendo em quase todas as partidas, ele ainda assim consegue amar esse esporte.
No caminho até uma lanchonete, ele para no meio do tempo, parece procurar alguém, ele não disse que mais alguém iria conosco, então isso é totalmente estranho.
- Tá esperando alguém ou coisa assim? - Pergunto
- O que? - Ele faz outra pergunta, desorientado.
- Tá surdo? Você está procurando alguém Reggie. Não me diga que me encurralou para um encontro.
- Não, claro que não. Eu só pensei ter visto a… esquece, vamos embora.
- Tá, tudo bem.
Após comprar um lanche e ficar calado de uma forma inesperada e que não acontece com frequência, nós fomos até o parque para a tão esperada partida de vôlei.
Eu e Sweet Pea ganhamos oito rodadas seguidas, hoje não é o dia do Fangs, muito menos do Reggae.
Ele joga a bola bruscamente no chão e vai até um banco ao lado da quadra, jogando seu corpo sobre o mesmo.
Segundos depois de sentar ao seu lado, resolvi questioná-lo, estou começando a me preocupar.- O que está havendo? Você está estranho desde o shopping.
- Não é nada.
- Qual é, eu te conheço, anda fala.
- Você vai dizer que é loucura. - Ele diz passando as mãos no cabelo.
- Porque eu diria isso? - Pergunto confuso.
- Porque é o que você sempre diz quando eu digo ter visto a Veronica.
- Eu não… peraí, você viu ela no shopping?
- Sim. Quer dizer não tenho certeza. Ela estava longe e estava com uma loira que não consegui ver quem era, antes disso elas sumiram.
- Uma loira?
- É Jughead, uma loira. - Ele me olha estranho. - Ah, olha só. Tá achando que era a Betty, né?
- Não, seria muita coincidência você ver a Veronica e a Betty estar com ela aqui em Los Angeles.
- E se a Betty mora aqui?
- Betty não viria para tão longe da família cara, não mesmo.
Eu não poderia ter certeza que Betty não seria capaz de se mudar para um lugar longe da família dela. Ela nunca se deu bem com a mãe, o pai dela não é tão rigoroso quanto a mãe, mas ainda assim haviam discussões. Ela poderia sim querer ficar longe deles, mas em Los Angeles?
Nós não conseguimos voltar a jogar, então ficamos parte do tempo jogando conversa a fora. Sweet Pea e Fangs foram para algum lugar, e eu e Reggie continuamos alí.
Ele não ficou tão animado com a possibilidade de ter visto a Veronica, ela foi sua única namorada séria, assim como Betty foi a minha. Me lembro bem como ele ficou mal quando a Veronica acabou tudo para seguir seu sonho e ir para a faculdade. Falar nela ainda afeta ele de alguma forma.
- Você ainda gosta dela? - Pergunto finalmente depois de um tempo.
- Da Veronica?
- Não, da minha mãe. - Falo revirando os olhos. - Claro que é a Veronica seu tapado.
- Você sabe que eu nunca superei ela, não sei porque faz essa pergunta.
- Por que nunca foi atrás dela ou tentou o relacionamento?
- Nós éramos jovens, Jughead e ela tinha um sonho. Eu não poderia fazê-la desistir do seu sonho por minha causa, acho que amar é isso, é querer o melhor do outro mesmo que seja difícil e doa.
- Eu entendo. Eu acho que ela ainda sente o mesmo por você, não acredito que ela tenha esquecido o que vocês viveram, ela te amava muito
- Eu também a amava muito, mas isso não foi o bastante. - Ele diz cabisbaixo. - Você e Betty também se amavam muito, mas também não foi bastante para fazê-la acreditar no amor de vocês e aceitar que tudo aquilo que aconteceu foi uma mentira, me refiro a você e Susan.
- Susan jogou sujo e Betty caiu direitinho. - Digo com minha raiva perceptível. - Eu sinto tanta raiva dela por ter me feito perder a Betty, eu ainda a amo, e acredito que irei conseguir conversar com ela, nem que seja só para contar a verdade.
- Eu queria ser como você, que acredita que tudo vai ficar bem depois de tantos anos.
Eu e Reggie somos bem diferentes um do outro, mas em relação ao coração partido, nós estamos na mesma posição, estamos pendurados por um fio que nos faz acreditar que vamos ter de volta as mulheres que amamos.
- A gente devia sair hoje a noite, tipo, se divertir de verdade. Ainda não fomos em uma boate. - Ele diz me livrando dos meus pensamentos.
- Boate Reggie? Sério?
- Claro, porque não? Já que não temos as mulheres que queremos, podemos nos divertir com outras, com bebida e muita música. E aí, o que me diz?
- Se eu dissesse não, você ficaria nem casa comigo?
- Provavelmente não.
- Então, temos uma balada para ir hoje.
- Esse é meu garoto. - ele diz passando o braço em volta do meu pescoço. - Vamos para casa agora.
Eu não sou o tipo de cara que frequenta boates com muita frequência, é meio que uma vez a cada dez convites, mas nós estamos em Los Angeles, nada melhor que fugir da realidade embaraçosa em uma noite com amigos.
Nós passamos parte do dia jogando, a tv e o Xbox que o hotel disponíbiliza é de ótima serventia. Eu e Reggie resolvemos ficar em um quarto, já que nele há duas camas, assim como Sweet Pea e Fangs ficaram em outro, isso faria com que a gente gastasse menos dinheiro. E para nós, não há problema algum dividir um quarto com um amigo, mesmo sendo do mesmo sexo, no meu caso, preferi ficar com meu amigo porque se eu ficasse com meu irmão, não resta dúvidas que um corpo voltaria para casa em um caixão, sem exageros.
A noite logo chegou e pouco depois das oito nós já estávamos na baote, e por sinal está lotada e muito animada. Estávamos mesmo precisando disso.
Depois de alguns drinks, Reggie já havia se divertido o bastante, beijado mais do que poderia pensar que beijaria, ele não brinca quando se trata de se divertir e como ele mesmo já disse, se não pode ter a mulher que quer, procura diversão em outras. Eu acho isso meio que não agradável, mas não posso impedi-lo.
A música do local cessou por alguns segundos, mas logo retornou com uma música animada que fez todos gritarem em forma de aprovação e dançar animadamente, menos eu claro, não sou fã de dança.
Pedi mais uma bebida ao barman e ele me ofereceu o drink da noite e eu nem me dei o trabalho de perguntar do que se trata, apenas aceitei e o bebi, a coisa é forte, mas é bom.
Lancei meu olhar em volta a procura de Reggie ou um dos meninos, mas ao invés de encontrá-los, meu olhar foi de encontro a outra pessoa. Eu mal consigo acreditar no que estou vendo, mesmo depois de tantos anos ela continua a mesma, não mudou nada além dos fios dourados mais longos, é ela, Betty Cooper está sobre o meu olhar e eu não consigo descrever o que estou sentindo nesse momento.
Será real? Ou o efeito do álcool está indo além do que devia me fazendo alucinar e ver a mulher que eu tanto procurei e pedi aos céus para encontrá-la.
Devo sem dúvidas agradecer ao Reggie por ter a idéia de vir até aqui.
Desculpa por ficar sem postar essas dias, tá tudo uma correria só pra mim.
Irei tentar postar outro capítulo daqui alguns minutos antes dee ocupar totalmente.Não deixem de votar e comentar ✨
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𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝
Roman d'amour𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂: 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 • I will not lose you / Bughead •'bem vindos e boa leitura'• • sem indicação de idade, mas vale dizer que há hot e linguagem nada formal. Cabe a você ler ou não, mas espero que leia. •' | s i n o p s e | '• Ver seus...