Capítulo 26

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Betty

Os dias voaram após o dia de ação de graças, tudo no nosso jantar ocorreu surpreendentemente bem, nada de discussão ou surtos de Alice Cooper. Foi um dia agradável, toda a família reunida, coisa que eu não presenciava a muito tempo. Por essa razão, eu estava feliz em está em casa com eles esse ano.

Senti falta da minha irmã me dando conselhos a respeito da minha vida, que agora, a cada dia parece estar mais revirada que o possível.

Faz exatamente uma semana desde que contei para Jughead a verdade, ele não me procurou e até agora não veio nenhum advogado requerente a guarda da minha filha ou algo do tipo. Acredito que seria isso que Jughead poderia solicitar diante da situação.

Polly está preparando um almoço, já que falou que eu estou debilitada demais para isso, ela está exagerando óbvio. Louise e Julie, minha sobrinha, estão brincando no andar de cima. Estou feliz por saber que, pelo menos por uns dias, Louise terá alguém para brincar, Julie é dois anos mais velha que minha filha, mas nada impede que elas possam se divertir juntas.

  - Betty? - Ela chama a minha atenção.

  - Oi? - Digo saindo dos meus pensamentos distantes. - Desculpa, não te ouvi.

  - Perguntei se você tem orégano.

  - Ah, não tenho. Não achei que fosse precisar disso.

  - Tudo bem, vou pedir para o David ir comprar.

  - Não, ele deve está casando, Polly.

  - Então você vai?

  - Eu não. - Dou de ombros.

  - Eu preciso do orégano, nada fica o mesmo sabor sem orégano. - Ela bufa. - DAVID VEM AQUI.

  - Maluca. - Digo rindo após ela gritar.

Após o almoço eu não escapei de mais algumas tantas perguntas de Polly, nós nos falamos pouquíssimas vezes durante os anos que eu morei em Los Angeles, e claro, não diferente de todos, ela teve uma grande surpresa ao saber de Louise.

  - Você vai falar com ele outra vez?

  - Com o Jughead?

  - Não Betty, o Dobby de Harry Potter. - Ela fala cheia de graça. - Claro que é com ele.

  - Eu não sei, eu acho que já falei tudo que tinha para falar.

  - Não falou não.

  - Polly…

  - Betty olha seu estado. Eu não te vejo mal assim desde a morte da vovó, e você só tinha treze anos.

  - Eu só estou preocupada, ele pode querer uma guarda compartilhada dela, eu sei que seria o justo, mas eu não sei como ficaria sem a minha filha. E se o juiz definir vários dias da semana?

  - Continuaria sendo justo, ele é o pai.

  - Está ajudando bastante. - Digo cruzando os braços e a encarando.

  - A verdade dói, mas é preciso ser dita. - Ela ri. - Olha, eu sei como se sente, mas irmã você ama aquele homem, não negue isso.

  - Será que seria o bastante chegar para ele e dizer olha Jughead, eu te amo e quero você, vamos cuidar da nossa filha juntos? O que acha? Problemas resolvidos então?

  - Para de ser assim, precisa conversar com ele, tentar consertar essa situação.

  - Não, eu não vou atrás dele. Eu já falei que irei passar pelo que tiver que passar, e é isso.

𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 Onde histórias criam vida. Descubra agora