Capítulo 44

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Jughead

Hoje é Natal e por mais que eu goste desse dia, não estou tão animado quanto costumo ficar. Meu pai como sempre irá fazer um jantar, e como sempre também, será apenas para ele, Sweet Pea e eu. Betty decidiu ir a casa de seus pais com Lousie e confesso que fiquei um pouco chateado, mas entendi que ela passou várias vezes por essa data sozinha sem a família, então deixei passar.

Eu e ela estamos como eu nunca imaginei estar, há quem diga que eu a perdoei rápido demais e corri até ela como um cachorrinho que se solta da coleira, mas eu prefiro dizer que eu a perdoei rápido por um um único motivo, eu a amo.

Eu planejei por uns dias pedir ela em casamento essa noite, mas acho que eu me empolguei bastante e tudo ocorreu antes do esperado, mas tudo bem, o importante é que ela aceitou e eu estou extremamente feliz com isso, assim como minha família e nossos amigos, Camila por exemplo e segundo Betty, quase estourou seus tímpanos com um grito quando ela contou a novidade por telefone.

Betty irá contar ao pais dela hoje e eu estou torcendo para a mãe dela não ter mais uma explosão de raiva com isso.

Eu decidi ir mais cedo para a casa do meu pai para ajudar com o jantar, já que meu irmão não serve para absolutamente merda nenhuma.

  - Esse molho está sem sal. - Pea fala após provar do molho branco que eu estou preparando.

  - Sem sal vai ficar você se não parar de reclamar de tudo o tempo todo. - Digo.

  - Estou ajudando. Degustando. - Ele diz rindo

  - Você está colocando defeitos, isso sim.

  - Parem vocês dois, ou vão ter a sensação de um colher de pau bem no meio da cara. - Meu pai fala.

  - Esse garoto é irritante, não tenho culpa.

  - Vai se foder, Jughead.

  - Ok, estou sem alho, quem vai no mercado? - Meu pai diz.

Eu e Sweet Pea permanecemos calados.

  - Sweet Pea, pode ir.

  - Ah não coroa, porque eu?

  - Você não está fazendo nada de útil e o Jughead estar me ajudando. Além disso, ele estar sofrendo com falta da amada. - Ele diz rindo.

  - Um me tira do sério e o outro fica zoando com a minha cara? Deixa que eu compro a droga do alho. - Falo soltando as coisas que fazia, o avental e saindo de casa.

Fui no mercado mais próximo da casa do meu pai, entrei pelos corredores que estavam bem movimentados, acredito que por causa do dia de hoje. Peguei o que precisava e não resisti em pegar uma garrafa de um bom vinho.

Indo até o caixa, ouço uma voz que eu seria incapaz de esquecer, a voz de Susan. Ela parecia brigar com alguém, o que me deixou bem curioso pelo fato de também conhecer a outra voz.
Me atrevo a olhar pelas prateleiras e me certifico de quem eu pensei que fosse, é Susan e Theo.

Que porra esses dois fazem juntos?

  - Cala a boca seu idiota, eu já te dei a grana e agora você vai ter que fazer o que eu mandei. - Ela sussurra.

  - Isso é loucura, Susan. E se...

  - Para, você sabe exatamente o que tem que fazer. Vou poder contar com você ou você não tem colhão pra isso?

Após eles passarem a cochichar eu saí dali um tanto quanto impressionado por vê-los juntos. Esse foi um dos motivos por ter caído fora, até porque a última coisa que eu pretendia era trocar uma palavra que fosse com Susan e menos ainda com o filho da puta do Theo.

𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 Onde histórias criam vida. Descubra agora