𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝

Capítulo 52

Aqui teremos revelações, o que é muito necessário nesse momento, né?
Enfim, espero que gostem.
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Betty

  - O que você quer dizer com isso? - Pergunto mesmo já fazendo ideia do que ela irá falar. - Você e o...

  - Fp? Sim, eu e Fp já fomos namorados.

  - Jesus.

  - Mas faz muito tempo, nós éramos só adolescentes.

  - Tá bem. Agora eu preciso que você me conte absolutamente tudo, eu estou bem confusa em relação a isso.

  - Eu irei contar. - Ela respira fundo antes de começar a falar. - Eu e Fp nos conhecemos no final do último ano do fundamental, nós ficamos pela primeira vez em uma festa da Penélope, mãe da Cheryl. Ficamos um tempo sem nos ver e no ano seguinte, descobrimos que iríamos ter aulas juntos, então, acabamos no reaproximando mais do que nunca.

Eu não falo nada, apenas observo ela contar o motivo para todo esse ódio acumulado dentro dela e acredito que não seja apenas por causa de um término difícil.

  - Nós namoramos por alguns anos, e no final do último ano, logo depois de recebermos os certificados de conclusão nossos problemas começaram. - Ela dá uma pausa. - Fp tinha problemas com álcool e drogas, e eu era a única pessoa que sabia lidar quando ele exagerava. O Forsythe, pai do Fp não sabia mais o que fazer para acabar com aquilo e sempre me chamava até lá para resolver as coisas, mas dá última vez tudo foi diferente.

  - Diferente? Tinha algo a mais do que álcool e drogas? - Pergunto curiosa.

  - Tinha sim. Naquele dia ele estava usando essas coisas porque tínhamos brigado por uma besteira. Ele não queria usar o terno para o baile... - Ela  rir sem humor. - e por esse motivo ficamos um dia inteiro sem nos ver. - Ela me olha e logo em segui volta o olhar para as próprias mãos. - Nesse dia longe um do outro eu descobri uma coisa e... essa coisa mudaria nossas vidas total e drasticamente.

  - Ai meu Deus, ele te... traiu?

  - Não, Elisabeth. Eu descobri que estava grávida.

  - Meu Deus, mãe. - Digo sem acreditar.

  - Naquele dia eu recebi uma ligação do Forsythe me pedindo para ir até a casa dele porque o Fp estava muito alterado, e então eu fui. Eu estava decidida a não contar ainda sobre a gravidez ainda, mas as coisas não saíram como eu esperava.

  - Vocês brigaram de novo, né?

  - Sim, brigamos. Quando cheguei lá, ele já tinha quebrado metade da casa, estava bêbado as quedas e chapado. Nós discutimos, gritamos um com o outro e...

Levei minha mão até a boca assustada com o que minha mãe poderia falar, mas ela me acalmou ao perceber minha reação.

  - Calma, ele não me bateu. O que aconteceu foi que eu falei que estava grávida durante a gritaria, eu fiquei com raiva, xinguei ele e sai de lá furiosa, ele tentou me impedir e eu continuei insistindo. Eu caí, uma queda feia na entrada da casa dele, a queda me fez perder o bebê, coisa que eu achei que seria impossível de acontecer já que ainda era um feto que mal podia ser notado.

  - Mãe, eu não fazia ideia de nada disso, meu Deus.

  - Forsythe me levou para o hospital porque eu sentia muita dor e comecei sangrar, eu já sabia o que aquilo significava. Dali a adiante eu passei a sentir raiva do Fp, cupei ele por tudo.

  - Mas mãe, ele não teve culpa, né? Não foi um acidente?

- Foi um acidente sim. Mas naquela época eu não via como um, eu deixei a raiva me tomar, eu me afastei totalmente dele, meus pais me mandaram para Nova York para fazer faculdade. Lá eu conheci seu pai, me apaixonei, mesmo achando que isso nunca mais iria acontecer, enfim.

  - Eu não entendo, porque odiou ele por todo esse tempo se sabia que foi uma acidente tudo que aconteceu?

  - Porque eu não queria me deixar acreditar que foi um acidente. Eu só queria distância dele, por causa da raiva que eu fique porque ele nunca me ouvia, sempre estava repetindo as mesmas merdas. - Ela dá outra pausa. - Quando você chegou aqui com uma filha, falando que Jughead estava de volta na sua vida, de alguma forma todo meu passado veio a tona e eu senti toda aquela raiva me invadir outra vez, porque eu achei que os Jones mais uma vez estariam me tirando algo que eu amo.

  - Mãe, ninguém nunca vai me tirar de você. Você é minha mãe entendeu?

  - Eu sei, querida. Eu sinto muito por tudo isso, hoje eu reconheço o quanto fui imatura, o quanto fui uma estúpida com vocês. Eu só estava ligando o meu fracasso com o Fp, com o seu relacionamento com o Jughead, eu sinto muito mesmo.

  - Não sinta. O que importa é que você reconheceu que tudo foi um acidente e que nada disso irá acontecer outra vez porque Jughead e eu não somos você e Fp.

  - Eu te amo querida, e só quero que seja feliz. Eu juro que irei ficar ao seu lado como eu sempre deveria ter ficado.

  - Eu te agradeço. Isso é tudo que eu estou precisando agora.

  - Jughead vai ficar bem, eu vou continuar rezando por ele de verdade, e para o bem dele, ok?

Nós rimos e nos unimos em um abraço. Acho que finalmente eu e minha mãe poderemos selar a paz entre nós e essa é uma sensação incrível. Eu sempre precisei dela e agora não e diferente.

Em meio ao nosso momento de paz e amor, meu celular toca. Me desfaço do abraço e pego o aparelho dentro da bolsa. É Sweet Pea.

  - Oi Pea? Tudo bem aí? - pergunto me recompondo.

  - Oi nanica, você precisa vir para cá, o Jughead acordou e querem você aqui.

  - Aí meu Deus Pea. - Digo ficando de pé. - Graças a Deus. - Digo quase me desmanchando em lágrimas. - Eu estou a caminho, chego em cinco minutos.

  - Não corre, em? Vem com calma pelo amor de Deus.

  - Tchau, Pea.

  - O que foi? Aconteceu alguma coisa?

  - Jughead acordou, mãe. - Digo pegando minhas coisas de forma animada e ansiosa. - Eles precisam de mim lá, não sei exatamente para quê, mas precisam.

  - Graças a Deus. Vai lá, e manda notícias, tá? E não se preocupe com a Lou, vamos cuidar dela

  - Eu sei que sim. - Digo a abraçando. - Eu já vou indo, tchau.

Saio apressadamente da casa até o meu carro entrando no mesmo e dando partida. Sinto o meu corpo todo se manifestar diante da felicidade de saber que Jughead finalmente estar acordado. Eu não poderia está mais feliz, eu consegui me acertar de vez com a minha mãe e consegui ter de volta o homem que amo em um único dia, isso é maravilhoso.

Alegria de pobre dura pouco ou chega de sofrimento pra ela?
Ai ai

Peço mais uma vez desculpa por não está atualizando com frequência.

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