Capítulo 56

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Jughead

Eu finalmente podia ir para casa, após o médico me examinar pela milésima vez em um intervalo de poucas horas, ele me deu alta. São sete da manhã e estou me trocando ansioso para voltar para casa e poder ver minha pequena, Louise.

Algumas dores ainda estão presentes, mas nada que um analgésico ou anti-inflamatório não resolva. Não tive nenhum membro quebrado, só uma dor mais intensa na perna esquerda, mas mesmo com isso os cuidados não seriam tanto assim, mas para Betty, parece que eu acabei de nascer e não sou capaz de vestir nem se quer minha própria camiseta sozinho.

  - Betty para, eu consigo fazer isso. Não basta ter ficado dentro do banheiro me olhando tomar banho com a desculpa que eu poderia cair?

  - Desculpa? Não foi desculpa. Você poderia sim cair e se machucar tá legal? Você que é idiota e leva tudo na malicia.

  - Solta. - Peço me referindo a camiseta que ela ainda está agarrada. - Solta logo, teimosa.

  - Ah, que se dane então.

  - Caramba, o que ouve com você? Estava ótima ontem a noite.

  - Não houve nada, você que me estressa.

  - Para com isso, amor. Não vamos brigar por causa de uma camiseta, né? - Digo passando meus braços em volta do seu corpo. - Essas merdas ainda doem. - Digo sobre as manchas roxas na pele.

  - Os remédios vão ajudar a aliviar, precisa ficar quietinho em casa, nada de esforços para não machucar ainda mais a perna.

  - Se você cuidar de mim, tudo certo.

  - Você vai ficar na minha casa, então não tenho escolha.

  - Achei que eu fosse para a casa do meu pai.

  - E ficar lá sozinho? De jeito nenhum.

  - Tudo bem então. Podemos ir? Quero muito ver a Louise, estou com saudades dela.

  - Ela não para de perguntar sobre você. - Ela ri. - Fica perguntando quando você vai voltar para fazer a casinha dela.

  - Putz, ela não esqueceu essa casa?

  - Ela é criança, e não besta. Deve uma casinha para ela bonitão. Vamos?

Nós saímos do hospital após agradecer ao Ben pelos cuidados. Durante esse momento, pude perceber que ele tinha um olhar diferente para Betty, mas eu deixei claro que ela é minha noiva, de forma singela, claro, eu sei o que aquele olhar significava, porque foi exatamente após uma olhar como aquele que eu percebi que estava me apaixonando.

Meu pai e Sweet Pea estavam na sala de espera aguardando por nós, e nos acompanharam até a casa de Betty após eu finalmente ser totalmente liberado.

O caminho foi tranquilo, fora as dores que eu sentia mas costas sempre que Betty não conseguia desviar de buracos a tempo.

  - Tá tudo bem? - Ela pergunta dividindo o olhar entre eu e a pista

  - Está, são só as dores. Fica tranquila.

Após chegar em sua casa, percebo dois carros estacionados. Olho para Betty que me lança um sorriso de quem quer dizer "está tudo bem" e então me desfaço do sinto de segurança e abro a porta do carro.

𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐎𝐓 𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔 - 𝐁𝐮𝐠𝐡𝐞𝐚𝐝 Onde histórias criam vida. Descubra agora