Outlander || Yoonjikook

Capítulo XXIX - Um Pouco dos Dois

[Oieee! Como está sendo o Dia da Mentira pra vocês? Bem, pra variar um pouco, vamos com uma verdade: o cap chegou na primeira semana de abril, como eu tinha prometido! É um só, mas tem 20k pra compensar a espera. 😉 Falando sério, gente, esse foi brabo em todos os sentidos possíveis do termo! Enfim, só mais uma coisinhas antes de deixar vocês a sós com ele...

⚠️AVISO DE GATILHO⚠️

A primeira parte desse cap contém abuso sexual expícito. Ou seja, estupro. É um tema pra lá de horroroso, mas que infelizmente faz parte do contexto da fic. Portanto, se não se sentir em condições de ler, não leia, ok? É só passar para a parte seguinte, iniciada pelo primeiro
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Desejo uma boa leitura a todos 💜]

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Quando se deu conta, estava cara a cara com o homem dos seus pesadelos. Sob ele outra vez. Havia algo de diferente, porém. Ele parecia menos rude, até gentil. Não que isso tivesse alguma importância aos seus olhos, ainda era ele ali. Tudo que queria era que acabasse logo, mas aquela diferença fazia o ato se arrastar mais que o habitual. Era incômodo. Ainda assim não se queixou, sequer se mexeu. Não queria reagir a ele, nunca reagia, pois isso não ajudaria em nada. Só criaria problemas e mais atrasos, só lhe daria mais daquela agonia. Contudo, quando os lábios dele vieram de encontro aos seus, não teve escolha: desviou o rosto, e a expressão até então de puro prazer dele se rusgou. Os movimentos cessaram.

Ele se ofendera, mas paciência. Não ia permitir aquilo, não aquilo.

— Por que te negas a mim? — indagou ele, o tom carregado de censura.

Porque não vos amo nem desejo, pensou seu eu do sonho.

— Não me nego, estais em mim. — Foi o que disse.

— E ainda assim me negas.

Nego e sempre irei negar.

— Neguei vosso beijo, não a vós.

— E qual a diferença?

A promessa que fiz à Sua Graça me obriga a vos ceder meu corpo, não meu coração, não minha alma, não quem eu sou de verdade, e eu sou dele. Sou para sempre dele. Meu amor é dele.

— Não preciso de beijos para conceber, somente de vossa semente. Dai-me o que preciso e oferecei beijos a outrem, a alguém que os queira receber e retribuir.

— Palavras tão frígidas, tão tolas… — Ele balançava a cabeça. Uma pretensão de sorriso divertido, mais para maldoso (pois aquele homem não sabia sorrir de verdade) lhe curvava os lábios. Os pontos azuis e laranjas nas íris chamejantes ecoavam o humor conflitante. — Tu me pertences, feiticeira. És minha há quase cinco décadas e te tornaste minha Imperatriz hoje. Isso é muito mais do que alguém como tu poderia ousar imaginar, muito mais que a vã ilusão que meu ingênuo irmão te deu nos míseros dois anos que estiveste ao lado dele. O que achas? Que vais revê-lo ao se ver livre do compromisso que a liga a mim? És uma Filha do Escuro. Por mais benévola que te queiras tornar, por mais que renegues tuas origens, nunca poderás adentrar a Morada Celeste, quanto mais alcançar os degraus do trono de meu Senhor e Pai. Nunca poderás alcançar meu irmão. Os beijos dele nunca serão teus para retribuir. O presente, este é teu Céu. Meu favor é teu Céu. Eu sou teu Céu. Não desperdices a dádiva com que foste agraciada por um sonho sem futuro.