Sexto

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Na manhã seguinte, Iori acordou quando Laura finalizava suas orações, ajoelhada aos pés do altar de sua santa, fazendo o sinal da cruz antes de se levantar. Lana ainda dormia, era demasiado cedo, Iori beijou seu ombro antes de sair da cama, cobrindo-a e seguindo Laura pelo quarto, abraçando-a pela cintura.

—Bom dia, querida. — Laura selou seus lábios, acariciando suas bochechas.

—Bom dia. Indo tomar banho?

—Sim. Quer vir?

—Claro, por que não? É sempre bom ficar ainda mais limpa.

Laura sorriu e a guiou para o banheiro, enchendo a banheira enquanto ela fechava a porta, sentando-se na beira para esperar que enchesse. Iori pendurou o robe no gancho antes de prender os cabelos escuros num coque no topo da cabeça, sentindo os olhos de Laura em suas costas.

—O que foi aquilo ontem à noite, Iori? — Ela perguntou em tom mais baixo e calmo. — Não acha que estava pedindo demais dela por causa de um fetiche seu?

—Eu não ia pedir até que ela ofereceu.

—Você devia ter recusado.

—Por que? Ela se divertiu, gozou. Ela mesma disse que estava bem, por que isso agora? — Ela se virou e a olhou, sorrindo. — Está com ciúmes que comi o rabo dela e não o seu ontem? Você sabe que sempre posso compensar agora, você só tem que dizer.

—Não seja uma cretina. — Laura revirou os olhos e se virou para a banheira, Iori somente riu, sem se importar. — Você podia a ter machucado.

—Mas não machuquei.

—Mas podia, Iori. Eu te pedi para não exigir demais na primeira noite. Você devia ter se controlado. Lana era nossa convidada, era para aproveitar a noite para nos conhecermos, não testar os limites dela.

—Oh, por sua Santa Guadalupe, a noite foi ótima. Está me condenando por ter feito nossa convidada gozar mais vezes que você?

—É uma competição agora? — Laura suspirou, entrando na banheira e desligando as torneiras, olhando para Iori enquanto ela também entrava e sentava de frente a si.

—Claro que não é uma competição. Se Lana não reclamou em nenhum momento, por que você está reclamando agora?

—Não estou reclamando. Só estou pedindo para ter cautela. Ela não está aqui só pelo prazer, devíamos trata-la com base nisso, não acha?

—Oh, querida, você está realmente apaixonada, não é mesmo? — Iori sorriu, movendo as mãos pelas pernas dela. — Sabia que isso ia acabar acontecendo.

—Não comece com isso.

—Por que não? Até outra noite você só me dizia para ir devagar e não criar expectativas. Não apressar as coisas até a conhecermos melhor. Então você a vê nua e se apaixona?

—Então você a come e perde o interesse?

—Do que está falando?

—Você a tratou como qualquer outra garota depois de ter conseguido o que queria todo esse tempo. Seu olhar mudou para ela, eu vi isso ontem.

—Você está imaginando coisas. Eu continuo gostando dela. Você que mudou seu olhar para ela, mas isso é bom, não é?

—Não se você perdeu o interesse nela.

—Eu não perdi.

—Ótimo, então não peça mais pela bunda dela.

—O que? Desde quando você decide isso? O corpo é dela. — Iori riu, incrédula, aproximando-se do corpo de Laura ao envolver as pernas em sua cintura. — Você está morrendo de ciúmes, não está? — Seus dedos se prenderam em sua nuca. — Está com ciúmes que posso ter uma parte dela que você não pode.

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