Trigésimo

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Iori foi mais tarde para o quarto de Lana, quando a enfermeira levou a bebê para amamentar. Laura estava ao lado dela, sorrindo com a cena, ainda que Lana buscasse disfarçar as caretas de dor que fazia a cada sugada do bebê. Ficou ao lado da cama, beijou sua bochecha e acariciou seus cabelos, olhando sua filha mais de perto.

—Meu amor... — Falou com emoção. — Nossa filha está bem aqui agora. Esperamos tanto por isso.

—Eu queria ver os olhos dela.

—Minha mãe disse que pode demorar uns dias para ela abrir os olhos.

—Ela herdou o formato dos seus olhos, Iori. — Laura falou devagar, desviando o olhar do bebê para ela. — Talvez tenha herdado sua cor.

—Eu iria adorar. — Lana sorriu, acariciando a cabeça da filha, que tocava seu peito. — Ela está faminta. A enfermeira disse que ela podia demorar a sugar assim direto, mas ela não demorou nem dez minutos para começar e não parar.

—Bem, ela tem a quem puxar. — Iori sorriu, olhando para Lana.

—Pervertida. — Lana balançou a cabeça. — Espero que tenha aproveitado sua vez, porque sua filha pretende deixar meus peitos nos joelhos.

—Então eu os coloco no lugar quando voltar a ser minha vez.

—Ah, já está planejando me operar, Sasaki?

—E eu não te conheço para saber o quanto você é vaidosa.

—O que você vai fazer agora que não está mais grávida? — Laura questionou.

—Perder os quilos que ganhei, é claro.

—Vê? Você definitivamente fará a operação.

—Talvez. Eu não quero me tornar mãe e nunca mais transar na vida.

—Você definitivamente não vai. — Iori riu. — Você tem energia demais para não gastar transando.

—Vê? Algo bom para estar fazendo. Ao menos depois que voltar ao normal. Sério, eu só tenho outro filho se vocês assinarem um contrato falando que estarão aqui, não tem coisa pior que sua mãe medindo minha vagina, Sasaki.

—Minha mãe? — Iori estreitou os olhos para ela. — Isso sim é um pesadelo.

—Vou ter que viver com a ideia de que Chieko viu minha vagina enquanto nossa filha saia de lá.

—Isso soa tão errado. Era eu quem devia estar no lugar dela.

—Na verdade estou feliz que vocês não ficaram traumatizadas em ver minha vagina. Chieko não tem planos de transar comigo ainda.

—Querida, pare de falar assim em frente a Mahina. — Laura pediu, apoiando a cabeça no seu ombro. — Ela não entende, mas você está amamentando. É um momento especial. Concentre-se nisso. Podemos falar da sua vagina o quanto quiser depois.

—Eu sei que falam que é um momento especial. Mas você tem noção do quanto isso dói? — Lana respirou fundo e olhou para a filha, acariciando sua cabeça.

—A enfermeira disse que melhora com o tempo. Seus bicos ainda estão sensíveis e seus seios cheios de leite.

—Ela tem razão. — Iori beijou sua bochecha e apoiou o queixo em seu ombro, aspirando seu cheiro. — Minha mãe disse que é assim no começo. Mas vai melhorando.

—Você não disse se gostou do nome.

—Mahina? — Ela riu baixinho, inclinando a cabeça para olhar a filha. — Sim, é lindo, amor. Minha mãe não parava de falar o nome da neta e o quanto ela era um brilho naquela sala de parto.

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