Décimo sétimo

291 28 33
                                    


Lana esperou algum tempo até chamar por um carro, apressando-a quando passou o tempo combinado, mas sorriu tão logo a viu descendo as escadas, esquecendo o tanto que tinha esperado. Iori se desequilibrou nos últimos degraus com a intensidade de seu olhar, mas ela se apressou em a segurar, segurando sua cintura e aspirando seu cheiro diante da proximidade, fechando os olhos ao se deliciar com a fragrância.

—Uau. — Falou perto do seu rosto, ajudando-a nos últimos degraus e voltando a mirar seus trajes. — Eu não teria te apressado se soubesse que te veria assim. Deus, está maravilhosa.

—Eu nem reparei o que realmente queria dizer. — Ela sorriu, deslizando as mãos pelos seus braços e segurando suas mãos. — Devíamos sair mais vezes só para eu poder ver essa sua cara de boba todas as vezes.

—Não é somente pelo que está vestindo, meu amor. Mas só me faz lembrar nossos encontros. — Ela segurou seu rosto, acariciando suas bochechas em movimentos circulares. — Em como me deixou apaixonada desde nosso beijo em sua garagem, e foi incentivando isso a crescer sempre que me deixava conhecer um pouco mais de você.

—Você não está planejando se ajoelhar e me pedir em casamento nesse encontro, está? — Ela riu em clima leve, selando os lábios na maçã do seu rosto. — Vê? Eu devia me arrumar melhor para você, estou te deixando má acostumada com minha versão cansada no fim do expediente.

—Bem, foi assim que você me conheceu, então eu não tenho do que reclamar quando você continua sendo a mesma mulher para mim.

—Para de me deixar sem graça. Ou vou te arrastar para o quarto e calar sua bela boca com outra coisa. Não estávamos atrasadas?

—Por você vale a pena.

—Oh, você está decidida a me deixar sem graça hoje.

—Faz parte do encontro. Vamos, antes que o motorista desista de nós.

Iori moveu a cabeça para concordar, seguindo-a após trancar a casa, animada em conhecer um novo restaurante. Surpreendeu-se quando notou que era um restaurante italiano, tinha aspecto requintado e caro, fazendo-a indagar quanto Lana estava investindo naquele encontro. Foram guiadas para uma mesa mais afastada das demais, mas ainda assim não deixou de reparar que todas as demais estavam ocupadas, espantada em Lana conhecer um lugar assim. Começou a analisar o menu, recostando-se na cadeira estofada ao perceber o valor dos pratos.

—Babe, você sabe que podia me levar em qualquer lugar que eu estaria contente em estar contigo. — Ela fechou o menu, deixando sobre a mesa e a olhando.

—Oh, não levou nem cinco minutos. — Lana sorriu, cruzando as pernas, ainda a analisar o menu. — Está tudo bem, você não precisa se preocupar com o preço. Eu não te convidaria se não pudesse pagar por um lugar desse.

—Lana, você não é rica.

—Eu não preciso ser rica para te trazer aqui.

—É desnecessário. Vamos dividir a conta.

—Deus, não comece com isso. — Ela baixou o menu e encarou os olhos fixos dela, que tinha cruzado os dedos e apoiado o queixo sobre. — Qual o problema em eu pagar a conta? Eu te convidei, estive planejando isso há bastante tempo. Você não pode aproveitar?

—E eu agradeço que tenha planejando tudo isso por minha causa, mas não quero que gaste tanto comigo. Vamos dividir, está bem?

—Se fosse o contrário você teria aceitado dividir?

—É diferente.

—Vê? Não comece uma discussão por causa disso. Eu te convidei, deixe-me te agradar um pouco.

Nossa Vida JuntasOnde histórias criam vida. Descubra agora