Quadragésimo primeiro

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Iori chegou algum tempo depois, sorrindo quando viu Lana dormindo, então pegou um lanche na cozinha e subiu para o estúdio dela, dividindo o lanche com a filha. Ligou uma música e começou a se alongar, decidida a relembrar alguns passos. Ficou algum tempo a mover o corpo enquanto relembrava partes de coreografias, improvisando quando não sabia o resto. Entretida o suficiente para não notar o olhar de Lana em si por algum tempo. Lana se aproximou dela e a abraçou pelas costas, tomando-a em seus braços e dançando com ela pela pista, ouvindo o riso da filha, que dançava em seus próprios movimentos.

Ficaram dançando entre risos, aproveitando o passar das músicas e criando seus passos, divertindo-se com os gestos que faziam até a melodia se abrandar e elas dançarem juntas.

—Senti falta disso. — Iori falou, a cabeça deitada no peito de Lana, seus corpos movendo devagar. — Ficar perto de você, aproveitar nosso momento. Dançar contigo como fazíamos na academia.

—Eu adoro esses momentos. Temos o estúdio, vamos fazer isso mais vezes. Se não aqui, vamos jantar fora e dançar. Não quero deixar o tempo passar e me descuidar de você.

—Você não se descuidou um dia nesse ano. Mas eu concordo, devíamos fazer disso um hábito. — Sorriu quando a olhou. — Você é a melhor esposa que eu poderia ter.

—Eu posso dizer o mesmo.

—Melhor que Madson?

—Ela é a minha ex, lembra? E você não tem comparação, então não se compare a ela ou a ninguém. Você é única, e eu me casei contigo.

—Continue falando assim, e eu coloco outro bebê na sua barriga.

—Seria perfeito. Eu quero tanto te dar outro filho.

—E eu acompanharei cada etapa bem de perto dessa vez. — Sorriu. — Não quero perder nada.

—Eu sei, você sabe que não teve culpa em ter viajado na gravidez de Mahina. E ainda assim você esteve presente de todas as maneiras que conseguiu.

—Mas é diferente do que tocar, sentir sua barriga crescendo, te ajudar em tudo. E acima de tudo, estar contigo na hora do parto. Nenhum projeto e nenhum dinheiro comprariam esse momento.

—Eu sei que estará lá dessa vez. — Ela selou seus lábios e se afastou um pouco. — Enquanto isso você devia voltar ao trabalho. Se ocupar. Eu vou procurar trabalho assim que terminar esse ano e passar as festas.

—Mas eu quero estar aqui quando você precisar. Não quero que passe pelo tratamento sem apoio.

—E você está me apoiando, você acredita em mim e sei que estará comigo quando precisar. E você trabalha em casa, querida. Não vai estar tão longe.

—Tem certeza?

—Sim. Não íamos almoçar fora?

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