Vigésimo primeiro

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Lana respirou fundo e a seguiu pelo restaurante até a ampla junção de mesas, parando atrás de Iori na ponta.

—Pessoal, queria que conhecessem uma pessoa. — Laura anunciou, esperando que todos parassem de falar e olhassem para elas. — Essa é Lana Mason, uma grande amiga nossa. — Ela tocou o ombro de Iori, que pousou a mão sobre.

—Boa noite, desculpa atrapalhar o jantar de vocês, mas eu só queria dar um oi para vocês todos.

—Imagina, adoro conhecer as amigas de minha irmã, elas são sempre surpreendes. — A mulher sorriu para Laura, então se levantou e estendeu a mão. — Eu sou Cláudia. Esse é meu marido, Ángel. — Ela tocou a cabeça do homem ao seu lado, que também se levantou para apertar a mão dela. — E meu filho, Juán. — Ela indicou o bebê entre suas cadeiras, todo sujo com sua papinha de frutas. — Ele nem sempre é quieto e tímido assim, então aproveita o silêncio.

—O que você está sabendo que eu não estou, Cláudia? — A mãe de Laura questionou em espanhol. — Vocês nunca me contam nada, eu sempre sou a última a saber das coisas, eu não sei o que acontece com vocês. Eu sou uma péssima mãe.

—Eu não estou sabendo de nada, mãe! — Cláudia respondeu em espanhol, erguendo as mãos em sinal de inocência. — Eu nunca vi essa mulher na minha vida.

—Não se preocupe, senhora, eu posso explicar. — Lana falou em espanhol, mantendo a calma. — Eu conheci sua filha enquanto dava aulas para a mulher dela. Desde então nos tornamos amigas, você a criou muito bem, eu não poderia ter escolhido amiga mais confiável.

—Oh, que prazer ouvir isso sobre minha Laura! — Ela se levantou e seguiu em sua direção, voltando a falar em inglês enquanto buscava pelas mãos dela. — Mas senhora somente nossa Guadalupe, você pode me chamar de Maria.

—É um prazer te conhecer, Maria. Laura falou muito bem da senhora.

—Oh, ela falou? — Ela olhou para a filha, que sorriu.

—Claro que sim, madre. Você é a melhor mãe que eu poderia ter tido. — Laura tocou seu rosto com carinho. — É uma pena que você não possa conhecer Fernando ainda, Lana, mas ele preferiu continuar morando em nosso país, vem nos feriados nos visitar.

—Sim, Fernando tem a família dele lá, e nosso país, apesar de tudo, vai sempre ser nosso lar.

—Espero um dia conhecer o México. Laura tem dito as melhores coisas da infância dela de lá. — Lana sorriu, olhando para Laura com afeição.

—Lana, acho que é minha vez agora. — Iori se levantou, apoiando as mãos em seus ombros enquanto mirava sua família, conduzindo-a para mais perto deles na outra ponta da mesa. — Esse é meu pai, Ichiro. — Ela indicou o homem com roupa social e aspecto sério. — E minha mãe, Chieko.

—Estou feliz em poder conhecer vocês. — Lana estendeu a mão para ambos, sentindo-se ansiosa diante dos olhares analíticos, mas aliviada quando eles aceitaram.

—Essas são minhas irmãs, Eiko e Kanon. — Iori prosseguiu, tensa com a falta de diálogo dos pais. — E meu irmão, Kenjiro.

—Olá! — Os três falaram ao mesmo tempo, rindo em seguida.

—Não ligue para elas, é um prazer conhecer uma amiga de minha irmã. Ela nunca apresenta ninguém para mim. — Kenjiro se levantou, estendendo a mão para ela, inclinando-se para beijar entre seus dedos. — Oh não, Iori, você não podia apresentar uma amiga que fosse solteira? Você estragou meus planos.

—Oh, desculpa se eu esqueci o quanto você é desesperado. — Iori revirou os olhos. — Não ligue para ele. Ele acha que porque foi morar sozinho agora tem que arranjar uma esposa para cuidar da casa.

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