Vigésimo terceiro

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Quando chegaram na academia, encontraram Laura na recepção, que trocou um olhar intenso com Chieko antes de se aproximar.

—Olá, Chieko. Você tratou bem Lana nesse meio tempo? E não minta, eu saberia depois.

—Laura. — Lana a repreendeu.

—Está tudo bem. Estou acostumada com as acusações dela. — Chieko tocou seu ombro, oferecendo uma carícia. — Você ficaria surpresa com o quanto a srta. Mason consegue lidar sem tentar me atacar como você, Laura.

—Você torna isso bem difícil.

—Laura, pare com isso. Ela é mãe de Iori, mostre algum respeito. Ao menos em frente a Kael. — Ela se abaixou para o pegar no colo, erguendo as sobrancelhas em sua direção.

—Okay. — Ela olhou para o garoto. — Você se divertiu hoje, garoto?

—Sim, muito. — Ele sorriu, aceitando ser pego por ela no colo.

—Bem, eu tenho que ir. Não vou mais tomar o seu tempo, srta. Mason.

—Claro. Avise quando estiver disponível para marcarmos outra aula. — Lana sorriu para ela. — E você pode me chamar de Lana, se preferir.

—Bem, por que não? Vamos nos ver mais vezes com toda a certeza. Eu te deixo saber quando voltarei.

—Estarei esperando. Tenha uma ótima semana, sra. Sasaki.

—Você também, Lana.

Lana a levou até a porta, acenando quando entrou num carro, sendo levada embora. Voltou para dentro da academia, sorrindo ao ver Laura brincar de pegar com Kael, ambos correndo pelo espaço aberto. Deixou que eles continuassem enquanto fechava a academia, checando se todas as portas e janelas estavam trancadas, e se não havia mais ninguém dentro das salas, esperando que os últimos professores fossem embora. Quando se despediu do último professor e se preparou para fechar a sala, Laura entrou e a prendeu contra a parede ao lado da porta, segurando suas mãos sobre a cabeça antes de avançar e a beijar, ouvindo seu riso surpreso.

—Você não estava correndo atrás de Kael? Ou está brincando de esconder e fazendo o pobre garoto trabalhar por isso? — Ela olhou em seus olhos, percebendo o sorriso que brincava em seus lábios.

—Ele cansou. Deixei-o no carro, então não tenho muito tempo.

—Oh, e o que está pretendendo fazer em tão pouco tempo?

Ela a beijou com maior intensidade, esperando por sua pergunta, mantendo seus braços presos com uma mão enquanto deslizava a outra por baixo de sua camisa, segurando seu seio e massageando à medida que aprofundava o beijo. Lana não hesitou em retribuir, contente com sua investida, sentindo que precisava de sua proximidade depois do estresse diante da conversa com a mãe de Iori.

—Droga, eu esqueci. — Laura se afastou, deixando-a atordoada com a quebra de contato repentina. — Temos que conversar sobre ontem à noite, não é? Você estava brava comigo por ter pego seu brinquedo pessoal.

—Laura!

—O que? — Ela sorriu, desviando quando ela tentou puxá-la de volta para si. — Você se sente deixada na mão agora? Que coincidência.

—Volte aqui. Você não pode começar algo e não terminar. — Ela a seguiu para fora da sala, ainda que contrariada.

—Oh? Não foi isso que você me fez fazer ontem? — Ela parou, Lana a puxou pela gravata e a empurrou contra a parede. — Eu sabia que ia gostar do adereço.

—Eu usei numa festa de fim de ano na Infinity de NY. Era para nos vestirmos do sexo oposto. — Ela relembrou enquanto movia os dedos pelo tecido.

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